Foto: Sputnik/Russian Presidential Press Office/Kremlin via Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que está fazendo um esforço em grande escala para aumentar a produção de armas, que serão usadas na invasão à Ucrânia. Putin falou com o Conselho do Gabinete do Procurador-Geral da Rússia, nesta quarta-feira (15).
Segundo o presidente, o governo está alocando muitos recursos para a defesa do país, sem prejuízo de outras áreas. “Os promotores devem supervisionar a modernização das empresas da indústria de defesa, incluindo a construção de capacidades para a produção de um volume adicional de armas”, disse Putin. “Muito esforço está sendo feito. Precisamos urgentemente agora e será útil no futuro”.
No discurso, o presidente garantiu o fornecimento devido para o que chama de “operação militar especial” — um eufemismo para a invasão em larga escala na Ucrânia.
Putin disse ainda que a Rússia está no estágio de mudanças positivas, que vão fortalecer a soberania do país, sua independência e a criação de condições para seu desenvolvimento. “Estamos com vocês no estágio de mudanças positivas e de grande escala destinadas a fortalecer a soberania e a independência para o futuro da Rússia, e criar condições para seu desenvolvimento confiante,” disse.
Tribunal Internacional investigará Rússia
O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda, planeja abrir duas investigações contra a Rússia por crimes de guerra. Os dois primeiros casos representam as primeiras acusações internacionais a serem apresentadas desde o início do conflito e ocorrem após meses de trabalho de equipes especiais de investigação.
A primeira denúncia acusa Moscou de sequestrar crianças e adolescentes ucranianos para encaminhá-los a lares adotivos, com o objetivo de se tornarem cidadãos russos enviados para campos de reeducação.
A segunda denúncia se refere a ataques implacáveis da Rússia à infraestrutura civil ucraniana, incluindo abastecimento de água, gás e usinas elétricas, que estão longe dos combates e não são considerados alvos militares legítimos.
Karim Khan, promotor-chefe do Tribunal, deverá apresentar as acusações a um painel de juízes de “prejulgamento”, que decidirá se os padrões legais foram cumpridos para a emissão de mandados de prisão ou se os investigadores precisam de mais provas.
Embora o tribunal não tenha divulgado quem serão os possíveis alvos, alguns diplomatas disseram que é possível que o presidente Vladimir Putin, da Rússia, seja acusado, já que o tribunal não reconhece imunidade para um chefe de Estado, em casos envolvendo crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio.
Fonte: Revista Oeste