ARACAJU/SE, 22 de outubro de 2024 , 20:24:57

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Quase um terço da população de Cuba ainda segue sem energia elétrica após dias de apagão histórico total

 

Mais de 70% da população cubana recuperou o serviço de eletricidade após quatro dias de apagão total, uma situação de emergência agravada pela passagem do furacão Oscar que deixou seis mortos no leste da ilha, informaram autoridades nesta terça-feira (22). Mas ainda 30% da população local está sem luz.

“Nesta manhã, 70,89% dos clientes em Cuba contavam com serviço de eletricidade”, afirmou o Ministério de Energia e Minas em sua conta no X, onde acrescentou que “a ampliação da cobertura elétrica no país” continua.

Nos últimos dias, Cuba viveu uma situação excepcional com o colapso do sistema elétrico nacional após uma pane, na sexta-feira (18), na central termoelétrica mais importante do país, e devido à chegada do furacão Oscar, de categoria um, no extremo-leste da ilha.

Oscar, que poucas horas depois foi rebaixado a tempestade tropical, provocou seis mortes e deixou graves danos materiais na província de Guantánamo, antes de deixar Cuba na noite de segunda-feira (21).

As autoridades fizeram grandes esforços durante o fim de semana para restaurar o sistema elétrico nacional, que voltou a cair algumas vezes. Porém, na noite de segunda-feira, o presidente Miguel Díaz-Canel informou que havia “36% do serviço restaurado no país, operando com estabilidade”.

Em Havana, com dois milhões de habitantes, grande parte da população tinha luz, mas a maioria permanecia sem serviço no restante da ilha. A vida dos cubanos se complicou porque em muitos casos os serviços de água e gás também foram interrompidos, enquanto as comunicações telefônicas e o transporte ficaram praticamente inoperantes no fim de semana.

No domingo (20), as autoridades prometeram levar eletricidade à maioria da população na noite de segunda-feira e ao “último cliente” até esta terça-feira. Em Cuba, a eletricidade é gerada por oito centrais termoelétricas dependentes de combustível, algumas danificadas e outras em manutenção. A estas somam-se centrais flutuantes – que o governo aluga de empresas turcas – e grupos de geradores.

Com escassez de alimentos, medicamentos, inflação disparada e apagões crônicos que limitam o desenvolvimento de atividades produtivas, Cuba enfrenta sua pior crise econômica em três décadas.

Fonte: O Tempo

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