O megainvestidor Warren Buffett, de 94 anos, anunciou que deixará o cargo de CEO da Berkshire Hathaway no fim deste ano. Ele indicou o vice-presidente Greg Abel como sucessor e deve formalizar a recomendação ao conselho da empresa.
Buffett liderou a Berkshire por quase 60 anos, transformando uma empresa têxtil falida em um dos maiores conglomerados do mundo. Hoje, a Berkshire possui 189 negócios operacionais e bilhões investidos em ações de empresas como Apple, Coca-Cola e American Express.
Com fortuna estimada em US$ 166 bilhões, Buffett ocupa o 5º lugar no ranking global de bilionários. Conhecido por seu estilo de vida modesto, vive desde 1958 na mesma casa em Omaha, comprada por US$ 31 mil.
Além do sucesso nos negócios, Buffett é um dos maiores filantropos do mundo. Doou mais de US$ 43 bilhões à Fundação Gates e US$ 15 bilhões a outras entidades. Após sua morte, a maior parte de seu patrimônio será redistribuída por seus três filhos, que também fazem parte do conselho da Berkshire.
A notícia da aposentadoria marca o fim de uma era. Buffett, conhecido por frases célebres como “Perca dinheiro para a empresa e eu serei compreensivo. Perca um pingo de reputação para a empresa e eu serei implacável”, deixa uma companhia com lucro recorde de US$ 47,4 bilhões em 2024 e participação relevante em empresas de energia, seguros, vestuário, transporte e muito mais.
A transição de liderança vem em um momento sensível: além das pressões econômicas globais, Buffett tem criticado abertamente o protecionismo comercial defendido por Donald Trump. Em sua última assembleia, classificou tarifas como “atos de guerra” e defendeu o livre comércio como pilar do sucesso americano.
Doação de mais de 99% da própria fortuna
Warren Buffett, de 94 anos, anunciou que doará mais de 99% de sua fortuna. O compromisso, formalizado em 2006, foi reforçado após a confirmação de sua aposentadoria da Berkshire Hathaway, encerrando uma trajetória de quase 60 anos à frente do conglomerado.
Com patrimônio estimado em US$ 166 bilhões, Buffett afirma que a decisão não é motivada por culpa, mas por gratidão. “Minha riqueza veio de morar nos EUA, de genes de sorte e dos juros compostos”, escreveu. Ele reconhece ter sido privilegiado desde o nascimento e diz que doar é uma resposta natural à sorte que teve.
O plano é simples: o megainvestidor continuará repassando cerca de 4% ao ano em ações da Berkshire até que 100% de sua participação seja distribuída em, no máximo, 10 anos após sua morte.
Buffett destaca que a doação não afetará o padrão de vida da família. “Meus filhos vivem de forma confortável e produtiva. E eu continuarei vivendo como sempre vivi”.
Apesar da magnitude financeira, Buffett reconhece que nunca doou o que considera mais precioso: o tempo. “Muitas pessoas, como minha irmã Doris e meus filhos, ajudam os outros com tempo e talento. Eu fiz pouco disso”.
Na carta pública que tornou sua decisão conhecida, Buffett defendeu que o dinheiro deve ser usado para necessidades reais e atuais, não para fundos perpétuos. E afirmou: “Se usássemos mais de 1% da minha fortuna para nós mesmos, nem nossa felicidade nem nosso bem-estar seriam melhorados”.
O compromisso filantrópico de Buffett é um dos maiores da história. Desde 2006, ele já doou mais de US$ 43 bilhões à Fundação Gates e outros US$ 15 bilhões a instituições familiares.
Fontes: 55Invest e Conexão Política
