O ex-secretário assistente para o Financiamento do Terrorismo do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Marshall Billingslea, declarou que o regime de Nicolás Maduro utilizou recursos ilícitos para financiar campanhas de líderes de esquerda na América Latina, incluindo o Brasil. A afirmação foi feita durante audiência pública do Comitê do Senado americano sobre Controle Internacional de Narcóticos.
Billingslea, que atuou no governo do ex-presidente Donald Trump, afirmou que a Venezuela se tornou um centro de articulação regional do socialismo por meio de práticas ilícitas. “O regime que espalhou o socialismo na América Latina é o venezuelano. É o dinheiro sujo e corrupto da Venezuela que financiou a campanha de [Gustavo] Petro [presidente da Colômbia]. Eles canalizaram dinheiro para o México e o Brasil. Com a democracia na Venezuela, acaba o dinheiro para campanhas socialistas na região, receitas de petróleo para Cuba e apoio à Nicarágua”, disse.
O ex-funcionário também acusou Caracas de atuar como plataforma operacional para grupos extremistas. “Com sua infraestrutura libanesa em ruínas e o financiamento iraniano incerto, o Hezbollah fará uma guinada decisiva para a América Latina, em especial para o tráfico de drogas”, afirmou Billingslea, ao acusar o governo Maduro de oferecer abrigo ao grupo, com acesso a documentos falsos, rotas de narcotráfico e conexão com o Hemisfério Ocidental.
As declarações ocorrem em meio a novas menções sobre um suposto esquema de financiamento político operado pela estatal venezuelana PDVSA (Petróleos de Venezuela S.A.). De acordo com reportagem publicada na semana passada pelo site UHN Plus, Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe da inteligência venezuelana, teria relatado ao Departamento de Justiça dos EUA que fundos da petroleira foram usados para financiar campanhas políticas em diversos países durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.
Os nomes mencionados nos supostos repasses incluem Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Manuel Zelaya (Honduras) e Gustavo Petro (Colômbia).
Fonte: Conexão Política





