Yevgeny Prigozhin, o notório líder mercenário russo que se acreditava estar a bordo de um avião que caiu na quarta-feira (23), foi confirmado como morto pelas autoridades russas após exames genéticos.
Embora Prigozhin, chefe da companhia militar privada Wagner, fosse uma das 10 pessoas listadas no manifesto de voo do avião, as autoridades russas não confirmaram a sua morte até que os testes genéticos fossem concluídos.
O comitê de investigação da Rússia confirmou neste domingo (27) que os restos mortais de todos os 10 passageiros listados a bordo foram encontrados entre os destroços.
O acidente ocorreu dois meses depois do breve motim de Prigozhin contra o sistema militar russo. A insurreição foi o maior desafio à autoridade do líder russo Vladimir Putin em mais de duas décadas no poder.
A revolta de Prigozhin durou apenas algumas horas graças a um acordo negociado pelo presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, um aliado de Putin.
Lukashenko disse que convenceu seu homólogo russo a não destruir Wagner e permitir que Prigozhin deixasse a Rússia e fosse para a Belarus para encerrar o impasse.
O motim levou alguns ocidentais, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, a sugerir que o Kremlin poderia estar por trás do acidente, especulações que o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, chamou de “mentira absoluta”.
Não foram apresentadas quaisquer provas que apontem para o envolvimento do Kremlin ou dos serviços de segurança russos no acidente.
A causa do incidente permanece desconhecida e as autoridades russas iniciaram uma investigação criminal.
G1 NACIONAL