ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 4:35:14

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Rússia e China estreitam relações diplomáticas, em resistência ao Ocidente

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, viajou para a China nesta semana para uma reunião com o líder chinês Xi Jinping. A conversa intensifica ainda mais a relação entre os dois países, que agora é descrita como uma “aliança sem limites”.

A viagem de Putin ocorre depois da primeira visita de Xi Jinping à Europa em cinco anos, onde se absteve de pressionar a Rússia para terminar o conflito na Ucrânia.

A China tem dado suporte diplomático para a economia russa, que sofre com sanções ocidentais. Xi Jinping e Putin defendem a visão de uma ordem mundial “multipolar”, que lhes permite operar sob normas diferentes das supostamente estabelecidas pelos Estados Unidos e por outras democracias liberais.

O Kremlin anunciou que Putin ficará na China até esta sexta-feira (17), com visitas a Pequim e Harbin, perto da fronteira russa. Os líderes discutem questões globais e regionais. Além disso, vão assinar uma declaração conjunta, com vários acordos bilaterais.

Esse encontro é o primeiro desde a visita de Xi Jinping a Moscou em março de 2023, quando ambos prometeram fortalecer a cooperação política e econômica.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022, a China emergiu como um parceiro comercial para o Kremlin. Os chineses compram energia da Rússia e fornecem componentes para a produção militar, além de apoio diplomático.

O comércio entre os dois países alcançou um recorde de US$ 240 bilhões em 2023 — um aumento de 63% em relação a 2021.

Além disso, a Rússia tornou-se o maior fornecedor de petróleo para a China, que se beneficiou dos preços reduzidos por causa das sanções ocidentais. A Gazprom, gigante russa de gás, relatou recentemente suas primeiras perdas em décadas. Com isso, aumentou-se a necessidade de um acordo de gás com a China, o Power of Siberia 2.

Pequim importou 107 milhões de toneladas de petróleo dos russos em 2023, um aumento de 24% em relação a 2022, segundo Zhang Hanhui, embaixador chinês em Moscou.

Os dois líderes não são aliados formais, mas são parceiros estratégicos próximos. A relação aumentou durante a guerra na Ucrânia.

Historicamente, os dois países tiveram tensões, mas atualmente compartilham o objetivo de enfraquecer o poder dos Estados Unidos. Xi Jinping e Putin têm um relacionamento pessoal próximo, frequentemente descrito como uma amizade calorosa.

Fonte: Revista Oeste

 

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