ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 14:39:44

logoajn1

Telescópio da Nasa encontra uma das galáxias mais antigas do universo

 

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) detectou uma galáxia gigante, por meio do telescópio James Webb (JWST). As imagens mostram a galáxia Gz9p3, uma das mais massivas e antigas já vistas.

De acordo com a Nasa, a galáxia Gz9p3 tem dez vezes mais massa do que a anterior, do período considerado como a “infância” do universo.

O telescópio conseguiu mostrar como a Gz9p3 era 510 milhões de anos depois do Big Bang, a teoria da explosão que teria dado origem ao universo. A idade do universo é estimada em 13,8 bilhões de anos. Como a luz emitida pelas estrelas leva um tempo para chegar à Terra ou ao detector do telescópio, que está no espaço, as imagens observadas, na verdade, já aconteceram há muitos anos.

Colisão de galáxias

A Gz9p3 surgiu a partir da junção de dois outros sistemas. Nas imagens, são vistos dois fortes pontos de luz. A colisão pode ainda estar em curso, já que é possível ver o acontecimento de milhões de anos atrás.

“Quando dois objetos de grande massa se unem assim, eles descartam parte da matéria no processo”, constatou o pesquisador Kit Boyett, em um artigo publicado no site da Universidade de Melbourne. “Observando esse conteúdo descartado, conseguimos entender que o que observamos é uma das fusões mais distantes já vistas”.

Os cientistas encontraram “metais” na galáxia Gz9p3 e definiram que lá as estrelas envelhecem mais rápido do que imaginavam. A explicação é que as galáxias que estão isoladas no espaço formam estrelas de modo mais devagar e param esse processo mais cedo do que outras.

Nas galáxias mais próximas umas das outras, como a nova detectada pelo JWST, os elementos usados para formar estrelas são compartilhados entre elas. Com esses materiais disponíveis, o processo é acelerado e a população estelar aumenta.

Via-Láctea

A galáxia Via-Láctea, que abriga o Sistema Solar, forma estrelas lentamente, já que no momento está em uma posição afastada de outras. A previsão é que o cenário mude quando a Via-Láctea colidir com a Andromeda, daqui a 4,5 bilhões de anos. Com essa junção, é possível que o sistema volte a produzir estrelas mais rapidamente.

Para o futuro, Boyett comenta: “Essas observações do Gz9p3 mostram que as galáxias foram capazes de acumular massa rapidamente no universo primordial através de fusões, com formações estelar mais eficientes do que esperávamos”.

Fonte: Revista Oeste

Você pode querer ler também