ARACAJU/SE, 18 de julho de 2025 , 20:08:48

Trump avalia uma série de sanções contra Moraes e monitora operação da PF contra Bolsonaro no Brasil

 

Uma reportagem publicada pelo The Washington Post, na noite dessa quinta-feira (17), afirma que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está avaliando impor sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

De acordo com o jornal, Eduardo Bolsonaro — deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro — estaria trabalhando em estreita colaboração com autoridades da Casa Branca para pressionar pela aplicação das penalidades. Moraes é o responsável por conduzir o julgamento de Bolsonaro no Brasil, sob a acusação de tentativa de golpe.

Fontes com acesso direto ao governo norte-americano disseram ao Post que, se aprovadas, as medidas contra o magistrado brasileiro agravariam significativamente o atual conflito diplomático entre os dois países mais populosos do Hemisfério Ocidental.

A escalada na relação bilateral teve início após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a decisão pela “caça às bruxas” no Brasil contra o ex-presidente Bolsonaro — expressão também usada pelo norte-americano para descrever o tratamento jurídico recebido por ele próprio nos EUA.

Segundo a publicação, Eduardo Bolsonaro tem insistido para que Trump avance com as sanções, inclusive afirmando, em reuniões com autoridades dos EUA, que o processo já está em curso. O Washington Post lista que “as decisões estão sendo tomadas”, em referência ao que o parlamentar brasileiro já havia sinalizado.

A matéria ainda relata que sanções contra “aliados e apoiadores” de Moraes também foram debatidas durante as tratativas, levantando a possibilidade de que essa iniciativa seja apenas o início de um ciclo mais amplo de retaliações.

Fontes ouvidas pelo jornal indicaram que o governo Trump considera as sanções contra Moraes há semanas.

Trump monitora operação da PF contra Bolsonaro no Brasil

A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada nesta sexta-feira (18), está sendo monitorada em tempo real pela Casa Branca. A informação foi reportada por veículos da imprensa internacional e confirmada pelo Conexão Política.

De acordo com fontes ouvidas sob reserva, integrantes do governo dos Estados Unidos acompanham os desdobramentos diretamente com o presidente Donald Trump. O ponto está na atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente nas decisões do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela ordem de busca e apreensão e pelas medidas restritivas impostas a Bolsonaro.

Por decisão de Moraes, o ex-presidente terá que usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana, além de estar proibido de manter contato com diplomatas, investigados e também com o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Eduardo tem sido um dos principais articuladores de pressão internacional contra o STF. Segundo o The Washington Post, o parlamentar vem trabalhando com o governo Trump para que o ministro Alexandre de Moraes seja incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky — instrumento legal dos Estados Unidos utilizado para punir autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos ou atos de corrupção.

O jornal afirma que quatro fontes familiarizadas com as tratativas confirmaram o plano. Duas delas relataram ter visto uma minuta da ordem de sanções, que, segundo a publicação, foi rejeitada inicialmente pelo Departamento do Tesouro, mas permanece sob análise.

A articulação, segundo aliados de Bolsonaro, também mira o procurador-geral da República, Paulo Gonet, diante do avanço de investigações que envolvem o ex-presidente e seus aliados em processos por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Nessa quinta-feira (17), Trump divulgou uma nova carta dirigida a Bolsonaro. No texto, o presidente norte-americano afirma que o aliado sofre “ataques” de um “sistema injusto” e declara que está “observando de perto”. “Este julgamento precisa parar imediatamente”, escreveu Trump, em referência ao processo no STF.

 Fonte: Conexão Política

 

 

 

 

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