ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 14:27:22

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Trump entra em ranking dos 500 mais ricos do mundo, com fortuna estimada em US$ 6,5 bilhões

 

O império empresarial de Donald Trump deveria ter estado em perigo como nunca, nessa segunda-feira (25). Em vez disso, tornou-se o melhor dia para o patrimônio do ex-presidente dos Estados Unidos.

Enfrentando um prazo para pagar uma fiança de quase US$ 500 milhões em um processo por fraude em Nova York, uma corte de apelações estadual reduziu o valor que ele teria que pagar para US$ 175 milhões. A decisão ainda aumenta o prazo para a nova fiança em dez dias.

Ao mesmo tempo, sua empresa de mídia social Trump Media & Technology Group concluiu um processo de fusão que durou 29 meses — o que significa que as ações no valor de bilhões de dólares agora são oficialmente de Trump.

Ao todo, seu patrimônio líquido aumentou em mais de US$ 4 bilhões. Isso significa que, pela primeira vez, Trump se juntou às 500 pessoas mais ricas do mundo no Bloomberg Billionaires Index, com uma fortuna de US$ 6,5 bilhões.

“Temos uma ótima empresa e estamos incrivelmente honrados”, disse Eric Trump, vice-presidente executivo da Trump Organization, em comunicado.

Trump, 77 anos, sempre foi rico. Mas sua fortuna, que anteriormente atingiu o pico de US$ 3,1 bilhões, consistia principalmente em imóveis, cujo valor ele e sua empresa inflaram em bilhões de dólares por ano, por mais de uma década, para obter melhores condições em empréstimos.

Seu patrimônio de baixa liquidez criou uma situação de potencial crise financeira antes do prazo dessa segunda-feira para pagar sua sentença de US$ 454 milhões ou pagar uma fiança de 120% da sentença enquanto ele recorre.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, sinalizou que estava pronta para confiscar bens, se Trump não cumprisse.

Trump prometeu pagar rapidamente para cobrir o valor reduzido. Atualmente, ele não pode lucrar com seu ganho com a fusão da Trump Media com a Digital World Acquisition (DWAC), porque suas ações estão bloqueadas por cerca de seis meses.

As ações da DWAC fecharam a US$ 49,95 nessa segunda-feira, um aumento de cerca de 185% desde o início do ano. Isso avalia a participação de 58% de Trump na empresa em US$ 3,9 bilhões.

A conclusão da fusão, que superou obstáculos como uma investigação, um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e processos de última hora de executivos e investidores, significa que as ações agora estão incluídas no cálculo do patrimônio líquido de Trump pela Bloomberg.

Anteriormente, sua participação havia sido avaliada em US$ 22,5 milhões, com base em sua divulgação financeira mais recente.

A fortuna revisada de Trump, que está fazendo campanha para retornar à Casa Branca, vale aproximadamente o mesmo que a de Joe Ricketts, Gordon Getty e Tony James, de acordo com o índice da Bloomberg, que calcula o patrimônio líquido do ex-presidente desde 2015.

O valor é baseado em divulgações exigidas para candidatos presidenciais, arquivos públicos relacionados a principais propriedades imobiliárias e relatórios de sua equipe.

Trump pede que Israel encerre conflito em Gaza

Donald Trump disse, em entrevista publicada nessa segunda-feira (25), que somente um tolo não teria reagido como Israel depois dos ataques do Hamas em 7 de outubro. O candidato republicano à Presidência, contudo, alertou que Israel perde apoio internacional e deveria encerrar a guerra travada contra o grupo terrorista na Faixa de Gaza.

“Foi uma das coisas mais tristes que já vi”. “Aquele foi um ataque horrível”, afirmou Trump em relação aos ataques do grupo terrorista que desencadearam o conflito contra Tel Aviv. “Dito isso, vocês precisam terminar sua guerra. Vocês têm que terminá-la, têm que acabar com ela”.

A declaração do ex-presidente dos EUA foi feita em uma entrevista ao jornal israelense Israel Hayom. Nela, Trump associou a onda de antissemitismo após o início da guerra à postura ofensiva adotada por Israel. “Isso aconteceu porque vocês revidaram. E acho que Israel cometeu um erro muito grande. Eu queria ligar e dizer ‘não faça isso’”.

Em seguida, Trump também criticou a atitude de Israel de jogar bombas em prédios na cidade de Gaza. “É uma imagem muito ruim para o mundo. Acho que Israel queria mostrar que é forte, mas às vezes não se deve fazer isso”.

Apesar dos apelos da comunidade internacional para Israel atenuar sua ofensiva, Tel Aviv afirma que continuará os ataques até que o Hamas seja destruído e seus reféns na Faixa de Gaza sejam libertados.

A entrevista também serviu como uma oportunidade para Trump criticar seu adversário político nas eleições de novembro. Diante das tensões diplomáticas entre Washington e Tel Aviv, Trump culpou Joe Biden pelo 7 de Outubro, pois, segundo ele, o democrata não é respeitado pelo Hamas. “Eles (o Hamas) nunca teriam feito esse ataque se eu estivesse lá”, disse o republicano.

Fonte: Folha de S.Paulo

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