Parolin também prestou solidariedade às famílias dos reféns, mas insistiu: “é necessário recuperar o sentido da razão, abandonar a lógica cega do ódio e rejeitar a violência como solução. É direito de quem é agredido se defender, mas mesmo a defesa legítima deve respeitar o parâmetro da proporcionalidade.”
O diplomata admitiu, no entanto, que talvez não seja possível encontrar uma solução pacífica.
“Não sei quanto espaço para o diálogo pode haver entre Israel e a milícia do Hamas, mas se houver – e esperamos que haja – deve ser prosseguido imediatamente e sem demora”, pontuou.
“Isto visa evitar mais derramamento de sangue, como está a acontecer em Gaza, onde muitas vítimas civis inocentes foram causadas pelos ataques do exército israelita.”
O cardeal colocou o Vaticano a disposição para mediar o conflito.
“A Santa Sé está pronta para qualquer mediação necessária, como sempre. Entretanto, procuramos falar com as instituições cujos canais já estão abertos. Qualquer mediação para pôr fim ao conflito deve levar em conta uma série de elementos que tornam a questão muito complexa e articulada, como a questão dos assentamentos israelenses, da segurança e a questão da cidade de Jerusalém”.
“Uma solução pode ser encontrada no diálogo direto entre palestinianos e israelitas, encorajado e apoiado pela comunidade internacional, embora seja mais difícil agora”, acrescentou.
CNN BRASIL