A erradicação da febre aftosa pode se tornar realidade em breve na América do Sul, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que é a agência regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a instituição, dois em cada três bovinos na América do Sul estão atualmente em áreas livres de febre aftosa e sem a necessidade de vacinação. A OPAS diz que essa é uma conquista conjunta dos setores públicos e privados da região, que conta com 13 países.
Recentemente, Brasil e Bolívia interromperam a vacinação contra a doença. Isso é possível quando se comprova a ausência de transmissão do vírus e são eliminados os riscos internos em um território. Os dois países vão ganhar o certificado de erradicação da aftosa em maio.
“Este é um momento de orgulho para a região das Américas, um recordatório do que podemos conquistar quando nos unimos em torno de um objetivo comum”, disse o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, durante uma reunião recente do do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANFATOSA) e da OPAS.
A aftosa é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus do gênero Aphtovirus. Atinge bovinos e diversos outros mamíferos, como suínos e até elefantes e girafas. É transmitida de um animal para o outro, seja pelo contato direto entre eles ou através da água, de alimentos ou de equipamentos utilizados no manejo dos animais. A enfermidade é muito rara em humanos, mas já teve efeitos devastadores para a agropecuária, gerando grandes perdas econômicas.
Fonte: Revista Galileu