A população carcerária do Brasil, considerando presos condenados e provisórios, passou de 832,3 mil em 2022 para 852 mil em 2023, uma alta de 2,4%, segundo aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18). Um em cada quatro presos ainda não foi julgado.
O documento mostra que o perfil dos presos nos sistemas penitenciários estaduais e federal e dos presos sob custódia das polícias pouco mudou durante a série histórica do anuário feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP): a grande maioria é de homens negros jovens.
Do total, 86% são homens, 72% têm até 30 anos e 69,1% são negros. Apenas 19,7% dos presos trabalham, ou seja, 166.938 presos estão em programas de laborterapia, sendo que, destes, 78,8% atuam nas unidades prisionais.
Os dados do anuário apontam que crimes de ódio, como injúria racial, tiveram queda de 14%, com 13.897 casos. No entanto, houve 11.610 casos de racismo, uma alta de 77,9%.
Quando se consideram crimes motivados por homofobia ou transfobia, o aumento é ainda maior, de 87,9%, com 2.090 casos. Em 2023, foram 214 vítimas de homicídios de LGBTQI+, alta de 41,7%.
Fonte: Poder360