“Comprei uma passagem pela companhia X, mas meu voo foi pela companhia Y”. Relatos como esses ganharam força nos últimos dias após o acidente aéreo que deixou 62 vítimas fatais em Vinhedo, São Paulo, entre elas 58 passageiros e quatro tripulantes da companhia aérea Voepass.
Em meio a tantos questionamentos que surgiram, o Conexão Política decidiu desenvolver uma pauta sobre o assunto. O avião modelo ATR 72-500 que caiu em Vinhedo (SP) na tarde de sexta-feira (9) era operado pela Voepass, antiga Passaredo, e tinha passagens aéreas vendidas pela Latam.
Esse tipo de operação é resultado de uma prática comum entre companhias aéreas chamada “codeshare” ou “compartilhamento de rotas”. A estratégia de codeshare permite que duas ou mais companhias aéreas compartilhem a operação de voos, ampliando a malha aérea disponível para os consumidores.
Com esse acordo firmado entre as empresas, uma delas pode vender passagens para trechos operados por outra companhia, o que, em tese, simplifica o processo de compra para os clientes. Isso resulta em mais opções de voos e conexões, além de permitir o acúmulo de pontos de fidelidade em voos operados por empresas parceiras.
Se o passageiro não deseja ser submetido a esse tipo de formato, é preciso ficar atento ao processo de compra para evitar adquirir, sem saber, uma passagem que esteja enquadrada no modelo codeshare. Verificar as informações detalhadas do voo e confirmar a companhia aérea operadora são medidas importantes para garantir que a escolha atenda às suas expectativas.
No caso do voo 2283, que fazia a rota entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP), a Latam vendeu passagens para um trecho operado pela Voepass, uma de suas parceiras de codeshare. Além desse acordo de compartilhamento de voos, as duas empresas também têm um acordo de permuta dos slots do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Infelizmente, todas as pessoas a bordo do voo morreram após a queda no interior paulista. Na manhã de sábado (10), a Voepass confirmou a morte de um passageiro que inicialmente não constava na lista oficial, elevando o número total de vítimas para 62.
Fonte: Conexão Política
