ARACAJU/SE, 14 de junho de 2025 , 5:13:12

Conheça a história de Santo Antônio, celebrado nesta sexta-feira (13)

 

No dia 13 de junho, fiéis católicos ao redor do mundo celebram Santo Antônio, uma das figuras mais queridas da religiosidade popular, especialmente no Brasil e em Portugal. Conhecido como o “santo casamenteiro”, ele também é lembrado como o padroeiro dos humildes, dos milagres e da compaixão, um homem cuja trajetória espiritual inspirou devoção, simpatias e lendas que atravessam os séculos. Quer saber mais? Continue a leitura!

Quem foi Santo Antônio?

Nascido em Lisboa, Portugal, no dia 15 de agosto de 1195, com o nome de Fernando de Bulhões, Santo Antônio foi criado em uma família de elite, mas renunciou ao conforto da nobreza para se dedicar à fé cristã. Aos 18 anos, ingressou no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Coimbra, e passou a seguir a vida religiosa como cônego regular da Ordem de Santo Agostinho. Mais tarde, ao entrar na Ordem dos Franciscanos, adotou o nome Antônio.

Sua vida foi marcada pela pregação e pela missão. Viajou para o Marrocos, percorreu a Itália e foi enviado à França para combater heresias, ganhando fama por seus sermões eloquentes e por atrair grandes multidões. Escolheu terminar seus dias em Pádua, na Itália, onde faleceu em 13 de junho de 1231, aos 36 anos. Em menos de um ano após sua morte, foi canonizado pela Igreja Católica, um dos processos de santificação mais rápidos da história, reconhecendo oficialmente 53 milagres atribuídos a ele.

Por que Santo Antônio é considerado casamenteiro?

Apesar de seus sermões não tratarem diretamente de casamento, Santo Antônio ganhou fama de “santo casamenteiro” por sua ajuda a jovens humildes que desejavam se casar. Em tempos em que casamentos eram muitas vezes arranjados e envolviam negociações financeiras entre famílias, ele defendia que o matrimônio deveria ser baseado no amor verdadeiro, uma posição considerada revolucionária para o século XIII.

Hagiografias relatam que ele ajudava moças pobres a obter um dote ou um enxoval, viabilizando assim o casamento. Uma das lendas mais conhecidas fala de uma jovem desesperada para se casar, que, ao não ter seu pedido atendido, atirou a imagem de Santo Antônio pela janela, a qual atingiu um rapaz que, ao devolver a imagem, acabou se apaixonando por ela. Assim nasceu a crença de que o santo intercede por quem busca um amor verdadeiro.

Desde então, simpatias se multiplicaram: virar a imagem do santo de cabeça para baixo, esconder o Menino Jesus que ele carrega ou colocá-lo dentro de um copo d’água até que o pedido seja atendido. As orações do dia 13 de junho, especialmente a “Trezena de Santo Antônio”, são práticas comuns entre devotos.

Padroeiro dos humildes e símbolo de caridade

Além das causas amorosas, Santo Antônio é também lembrado por sua compaixão com os pobres. Conhecido por distribuir alimentos aos mais necessitados, deu origem à tradição do “pãozinho de Santo Antônio”, abençoado nas igrejas e guardado pelos fiéis em casa, geralmente na despensa ou na farinha, como símbolo de fartura e proteção contra a fome.

Devoção popular e legado cultural

Santo Antônio tem um lugar de destaque na religiosidade brasileira. Sua festa, em 13 de junho, marca a abertura oficial das Festas Juninas, tradição profundamente enraizada no imaginário popular do país, que celebra também São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho). Não por acaso, o Dia dos Namorados no Brasil ocorre em 12 de junho, véspera da data dedicada ao santo, numa clara associação com sua fama de unir corações.

A figura de Santo Antônio aparece em procissões, festas populares, novenas, missas e rituais simbólicos, que misturam fé, folclore e cultura. Em imagens, ele costuma ser representado segurando o Menino Jesus e um ramo de lírios, símbolos de pureza, fé e ternura.

Um legado que atravessa os séculos

Com uma vida breve, mas intensa, Santo Antônio tornou-se um dos santos mais populares da Igreja Católica. Sua canonização relâmpago, o impacto de seus sermões, sua luta contra injustiças sociais e seu cuidado com os necessitados ecoam até os dias de hoje. Entre devoções, tradições, simpatias e orações, a memória de Santo Antônio se mantém viva como símbolo de fé, amor e solidariedade.

No dia 13 de junho, igrejas de todo o Brasil se enchem de fiéis. Uns em busca de um grande amor, outros em agradecimento por graças alcançadas. Mas todos movidos pela mesma certeza: Santo Antônio continua sendo, séculos depois de sua morte, um porto seguro para os que acreditam nos milagres da fé.

Fontes: O Tempo e CNBB

 

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