O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). As duas estão no Brasil e foram informadas da decisão por meio de comunicados do Consulado-Geral dos EUA em São Paulo.
Padilha não foi alvo da medida porque seu visto venceu em 2024. Nos avisos enviados à família, o governo americano alegou que, após a concessão, surgiram informações que tornaram as beneficiárias “não elegíveis” para entrar no país. O documento, obtido pelo G1, esclarece que, em casos assim, o visto é automaticamente invalidado quando o portador deixa o território americano.
O episódio ocorre na esteira das sanções anunciadas nesta semana contra autoridades brasileiras associadas ao programa Mais Médicos. O Departamento de Estado dos EUA revogou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para a COP30.
Em nota, a embaixada americana classificou o programa como “um golpe diplomático” que explorou médicos cubanos e beneficiou financeiramente o “regime cubano corrupto”, com conivência de autoridades brasileiras e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Apoio de Eduardo Bolsonaro
A medida recebeu apoio público do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos e busca interlocução direta com o governo Donald Trump. Segundo ele, a decisão reforça o compromisso da administração americana em “punir regimes autoritários”.
Eduardo tem defendido que Washington adote sanções contra o Brasil em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Fonte: InfoMoney
