A nova fase da Operação Sisamnes — que apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) — cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nessa terça-feira (13), além de bloquear R$ 20 milhões dos investigados.
A ação tem como foco os mecanismos utilizados para lavar o dinheiro. Os alvos são casas de câmbio, empresas utilizadas para a ocultação e dissimulação de propinas, além de operadores financeiros.
As buscas ocorreram nas cidades de Cuiabá (MT), Primavera do Leste (MT), Várzea Grande (MT), Barueri (SP) e São Paulo (SP).
Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações indicam a existência de uma rede financeira e empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas propinas pagas para a compra de decisões judiciais no âmbito da corte. O objetivo seria romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.
Alvos
Apesar de os nomes não terem sido divulgados, a RECORD confirmou que entre os alvos estão: empresas utilizadas para a ocultação e dissimulação das propinas, empresários ligados a essas empresas, operadores financeiros, casas de câmbio e laranjas.
Início das investigações
A 1ª fase da Operação Sisamnes foi realizada em novembro de 2024. A investigação apontou um suposto esquema envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.
À época, a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão no Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal. Alguns mandados, inclusive, foram realizados na casa dos chefes de gabinetes dos ministros do STJ Og Fernandes e Isabel Gallotti.
Segundo as investigações, os suspeitos teriam solicitado dinheiro para beneficiar partes em decisões judiciais. Além disso, são investigadas negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais.
Fonte: R7