O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do generais Braga Netto e Mario Fernandes –este último da reserva. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se posicionado contra a soltura dos militares. A decisão relativa a Braga Netto é de terça-feira (24) e a de Fernandes, desta quinta-feira (26).
Os militares foram presos no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga o plano de um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito nas eleições de 2022. As investigações apontam que a trama envolvia matar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), então presidente e vice-presidente eleitos, e o próprio Moraes.
Braga Netto, vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, está detido desde 14 de dezembro depois de ser alvo da Operação Contragolpe da PF. É acusado de tentar obstruir as investigações Na sexta-feira (20), a PGR afirmou que as ações para impedir as investigações justificam a continuidade de sua prisão preventiva.
Depois da manifestação da PGR contra a soltura de Braga Netto, a defesa do general enviou um documento ao STF contestando o parecer do órgão. Argumentou que a manifestação se baseia na “mera presunção” de que ele está obstruindo as investigações e que a PF usou “suposições ilógicas e desconectadas da realidade” para solicitar a prisão preventiva.
Já o general da reserva Mário Fernandes, segundo a investigação, teria exercido papel de liderança dentro de um grupo de militares de alta patente que agiram para apoiar e incitar outros núcleos criminosos. A PGR argumentou que a prisão do militar está devidamente fundamentada e que não houve fatos novos que justifiquem a alteração da medida cautelar.
No final de novembro, a PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe. Dentre eles, estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto e Fernandes.
Fonte: Poder360
