O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, preso no Paraguai na madrugada desta sexta-feira (26), já está a caminho da fronteira com o Brasil e deve ser entregue para a Polícia Federal (PF) nas próximas horas.
“Agora mesmo ele está saindo de Assunção. Não quero dizer por qual caminho ele vai, mas ele está indo para o lugar habilitado para a expulsão, na fronteira com o Brasil”, disse à CNN Carlos Duré, chefe do Comando Tripartite, departamento de cooperação policial entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Segundo ele, o trajeto da capital paraguaia até a fronteira é de cerca de 350 km.
De acordo com o comandante policial, antes de iniciar o deslocamento, Vasques foi interrogado pelo Ministério Público paraguaio.
“Temos uma lei muito flexível de migração para poder expulsar o mais rápido possível pessoas com [ordem de] captura no marco da cooperação que temos com o Brasil e a Argentina”, explicou Duré.
Segundo ele, somente em 2025, 77 brasileiros foram expulsos do Paraguai antes de Vasques.
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal foi preso na madrugada ao tentar abordar um voo no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, na região metropolitana de Assunção.
Segundo as autoridades paraguaias, ele tentava embarcar em um voo da Copa Airlines que passava pelo Panamá com destino a El Salvador.
Moraes determina prisão preventiva de Vasques
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta sexta-feira (26), a prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Silvinei foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. A CNN apurou que o ex-diretor viajou de Santa Catarina, onde mora, ao Paraguai de carro. No país vizinho, tentou embarcar com passaporte paraguaio falso em um voo com destino a El Salvador, país da América Central.
Segundo a decisão de Moraes, a suspeita de fuga começou quando a Polícia Federal identificou que a tornozeleira eletrônica de Silvinei estava sem sinal de GPS e GPRS, possivelmente por falta de bateria. Diante disso, equipes foram ao endereço do ex-diretor, em São José (SC), para verificar a situação, mas não o encontraram.
A PF apurou, a partir de imagens do sistema interno de câmeras do prédio, que o ex-diretor da PRF esteve no imóvel até a noite do dia 24 de dezembro, quando deixou o local, levando bolsas e pertences pessoais, além de seu cachorro e materiais para transporte do animal. Depois disso, ele não foi mais visto entrando ou saindo do edifício.
Os policiais também verificaram que o carro registrado em nome de Silvinei não estava sendo utilizado por ele e que o deslocamento ocorreu em um automóvel alugado, o que reforçou a suspeita de fuga.
A partir daí, a Polícia Federal intensificou as buscas e compartilhou dados com autoridades de outros países. O rastreamento indicou que ele havia deixado Santa Catarina e seguido para o Paraguai por via terrestre. No país vizinho, Silvinei foi localizado no aeroporto de Assunção quando tentava embarcar para El Salvador usando um passaporte paraguaio falso.
“A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, conforme pacífica jurisprudência desta”, afirma Moraes.
Fonte: CNN Brasil





