O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta quarta-feira (27), a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). O cargo de procurador-geral já é ocupado por ele desde o fim de 2023, e agora Gonet terá um novo mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal (MPF). As informações são do g1.
A decisão será publicada no Diário Oficial da União e depende de confirmação do Senado. Gonet foi informado do veredito em uma conversa com Lula no Palácio do Planalto mais cedo, nesta quarta-feira.
A recondução ao cargo antes do fim do mandato, que iria ocorrer em dezembro, já era esperada. Porém, se aguardava que o Planalto concluísse as articulações com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), responsável pela sabatina no Senado.
Segundo informações da comentarista da GloboNews, Julia Duailibi, a ação ocorre como forma de resposta por parte de Lula após a cassação do visto americano de Gonet, decisão que atingiu também outras autoridades brasileiras.
Ainda, a recondução acontece menos de uma semana do início do julgamento sobre tentativa de golpe de Estado, no processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é o principal réu.
Gonet e ministros tiveram vistos suspensos
Os Estados Unidos suspenderam os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles de Alexandre de Moraes, e também do procurador-geral da República Paulo Gonet, em julho. A decisão foi anunciada pelo secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio. Ele afirmou que a medida seria uma resposta ao que chamou de “perseguição” contra Jair Bolsonaro.
O governo brasileiro reagiu de forma intensa, sendo que o presidente Lula classificou a suspensão como arbitrária e “inaceitável interferência” de um país estrangeiro no sistema de Justiça nacional. A crise foi abordada em uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
PGR pediu monitoramento de Bolsonaro
Na segunda-feira (25), Paulo Gonet enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal defendendo que a Polícia Federal ampliasse o monitoramento de Jair Bolsonaro. O procurador-geral alegou que a PF deveria ter equipes em tempo integral para acompanhar o cumprimento das medidas cautelares impostas.
Contudo, Gonet pontuou que o monitoramento extra não deveria ser invasivo, nem prejudicar a rotina familiar de Bolsonaro.
Fonte: NSC Total