O quinto voo para repatriação de brasileiros e familiares no Líbano pousou na Base Aérea de São Paulo às 6h06 desta segunda-feira (14) com 220 passageiros, sendo dez crianças de colo. Dois animais de estimação também estavam na aeronave.
Com esse grupo, o governo resgatou 1.105 pessoas e 14 pets (dez gatos e quatro cães) desde que a missão foi iniciada, em 2 de outubro.
A expectativa é que o KC-30, utilizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a operação Raízes do Cedro, decole de São Paulo ainda nesta segunda-feira (14) para buscar o sexto grupo em Beirute, no Líbano.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou, na última quarta-feira (9), que cerca de sete mil pessoas manifestaram interesse em retornar ao território brasileiro.
A estimativa é de que a comunidade brasileira no Líbano seja de 20 mil pessoas. Dois adolescentes brasileiros morreram em território libanês após bombardeios de Israel no fim de setembro.
Os conflitos continuam no local. No sábado (12), ao menos 51 pessoas foram mortas e 174 ficaram feridas por ataques israelenses ao Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Apesar dos bombardeios, o Itamaraty observou um aumento no número de brasileiros que desistiram do retorno para o Brasil na missão oficial.
De acordo com a pasta, haverá reforço da rechecagem de nomes por telefone para completar os voos e evitar problemas com as desistências.
Mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no Líbano são prioridade nesse resgate. Junto ao Itamaraty, o Ministério do Desenvolvimento Social, o Ministério da Saúde, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e a Receita Federal têm trabalhado para apoiar os passageiros na chegada ao Brasil.
Na sexta-feira (11), o governo federal publicou uma medida provisória que abriu crédito de R$ 80 milhões para o comando da Aeronáutica garantir a logística da operação.
A FAB também já enviou 43 toneladas de donativos brasileiros ao Líbano, como cestas básicas e insumos hospitalares.
O Itamaraty reitera diariamente o alerta para que os brasileiros que ainda estão no Líbano sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, se possível, tentem deixar o território por meios próprios.
Fonte: CNN Brasil