O Trump Media & Technology Group (TMTG), empresa de mídia do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entrou com um processo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por suposta censura a comentaristas conservadores brasileiros nas redes sociais. A ação foi protocolada nessa quarta-feira (19) em um tribunal federal em Tampa, na Flórida.
A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times e confirmada pelo Conexão Política. Segundo a TMTG, a decisão de acionar a Justiça americana foi motivada pelas ordens de Moraes que determinaram a remoção de contas de direita na plataforma de vídeos Rumble, que opera nos Estados Unidos. A empresa afirma que tais medidas violam a Primeira Emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão.
“O TMTG está firmemente comprometido em defender o direito à liberdade de expressão”, afirmou Devin Nunes, CEO da empresa de Trump. “Este não é apenas um slogan, é a missão principal desta empresa. Estamos orgulhosos de nos juntarmos ao nosso parceiro Rumble na luta contra as exigências injustas de censura política, independentemente de quem as faz”.
Na ação judicial, os advogados da TMTG mencionam o embate entre Moraes e o bilionário Elon Musk, dono da rede X, e alegam que, desde 2022, o ministro teria ordenado a suspensão de cerca de 150 contas, incluindo políticos conservadores, jornalistas e juristas críticos ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os afetados estaria o comentarista Paulo Figueiredo, ex-colunista da Jovem Pan, que reside nos Estados Unidos.
“As ordens abrangentes do ministro Moraes — apoiadas por severos mecanismos de aplicação — reprimem sistematicamente a dissidência sob os amplos pretextos de ‘notícias falsas’, ‘desinformação’ ou ‘discurso antidemocrático’”, diz o processo movido pelo grupo de Trump.
‘Advogados de elite’ contra Moraes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contará com dois advogados de peso para representá-lo na ação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os escolhidos são Matthew Schwartz e Martin De Luca, ambos ex-procuradores do Distrito Sul de Nova York, uma das jurisdições mais prestigiadas dos EUA, conhecida por atuar em casos de grande repercussão, incluindo crimes financeiros e corrupção.
Schwartz, atualmente presidente do escritório Boies Schiller Flexner, serviu como procurador federal em Manhattan por uma década (2005-2015). Durante esse período, liderou a força-tarefa de Fraudes em Valores Mobiliários e Commodities, conduzindo investigações de grande impacto, como o esquema Ponzi de Bernie Madoff e o escândalo “London Whale” do JPMorgan.
Schwartz, inclusive, foi agraciado com três prêmios John Marshall, a mais alta honraria do Departamento de Justiça dos EUA, e é descrito pela Forbes como um advogado de precisão cirúrgica nos tribunais.
Já Martin De Luca, que também atuou como promotor especial assistente no Distrito Sul de Nova York, ganhou notoriedade ao liderar as negociações para a libertação do professor americano Marc Fogel, preso na Rússia por mais de dois anos por porte de cannabis medicinal. Especialista em casos de corrupção pública, fraudes financeiras e terrorismo, ele tem histórico de trabalho conjunto com o FBI e agências de inteligência dos EUA.
Fonte: Conexão Política
