Da redação, AJN1
Foragida da justiça do Rio de Janeiro, onde é condenada a 16 anos de reclusão por homicídio, Joana Darc Damásio do Nascimento, 53, que se passava por Maria Aparecida da Silva, foi presa na manhã desta quinta-feira (19) na sede do Instituto de Identificação de Sergipe, no bairro Getúlio Vargas, em Aracaju.
A prisão ocorreu depois que a mulher foi encaminhada ao Instituto pelo Serviço Social do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde estava internada como indigente, e papiloscopistas descobriram a sua verdadeira identidade.
De acordo com o diretor do Instituto, Jenilson Gomes, a mulher estava sem documentos oficiais e se apresentava como Maria Aparecida da Silva. A princípio ela contou que era natural da Paraíba, mas não sabia os nomes dos pais e a data de nascimento. Foi realizada a coleta das impressões digitais e graças ao trabalho conjunto dos papiloscopistas do Instituto de Identificação e da Polícia Federal, foi possível chegar ao verdadeiro nome da mulher, que estava com mandados de prisão decretados pela justiça do estado do Rio de Janeiro.
Joana Darc foi presa e levada inicialmente a uma delegacia para depois ser transferida para o Presídio Feminino (Prefem), em Nossa Senhora do Socorro.
Casos
Consta nos autos que no dia 17 de dezembro de 1995, Joana Darc tentou matar um bebê de um ano de vida usando chumbinho. Como a criança sobreviveu, ela ainda foi ao hospital para consumar o crime. No entanto, acabou impedida por uma enfermeira e foi presa em flagrante pela polícia.
Após a prisão da acusada surgiram vários casos de mortes de crianças na região. Uma delas a que vitimou o filho de Ednea Alves Bravo. Em seu depoimento, a mulher revelou que havia deixado o filho em companhia de Joana Darc por 15 minutos e ao retornar o encontrou passando mal, com sinais de envenenamento.
Fria, a acusada acompanhou de perto todo o drama da mãe do menino e ficou como acompanhante no hospital. A criança não resistiu e morreu dias depois. Ainda de acordo com os autos existe a suspeita que Joana Darc tenha matado por envenenamento um filho e uma sobrinha.
Balanço
Os papiloscopistas de Sergipe já impediram que mais de 300 pessoas utilizassem dados falsos na identificação civil, criminal e cadavérica, contribuindo assim para a ordem, a segurança na fé pública do documento de identidade e no combate à criminalidade. Em 2019, 156 pessoas foram presas depois da identificação feita pelos papiloscopistas.
O exame papiloscópico consiste na coleta das impressões digitais do indivíduo e uma vasta pesquisa realizada pelo profissional papiloscopista que envolve a checagem de dados e uma análise das minúcias da impressão digitais, comparando-as com um material padrão.
*Com informações SSP