Da redação, AJN1
Acusada de ser a mandante do assassinato do marido, Gláucia Cecília Silva Farias, 27, será julgada nesta quarta-feira (28), no fórum da Comarca de Nossa Senhora das Dores. Sentam ainda no banco dos réus Franklin Sarbela Santos, 31, – atual amante dela na época do crime -; Ubiratan de Jesus, o “Bira”, 29, e Alex Sandro dos Santos, 22, que também teriam participaram da trama, juntamente com dois adolescentes. O início da sessão de julgamento está marcada para às 9h30 desta quarta e a previsão é que dure mais de um dia.
O crime que vitimou o empresário Orlando dos Anjos Lima, 49, aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2015, na residência do casal localizada no povoado Coqueiro, na zona rural de Siriri. A motivação estaria relacionada a venda de um mercadinho no valor de R$ 200 mil. Os acusados de participação no assassinato foram presos no ano passado pela equipe do delegado Rodrigo Espinheira.
De acordo com a denúncia, no dia do crime, o empresário foi surpreendido pelos acusados, que invadiram o imóvel no momento em que estava dormindo. Orlando foi atingido com golpes de um cabo de madeira de um cavador e em seguida alvejado com cinco tiros. Pelo que ficou esclarecido, Gláucia se aliou ao amante – Franklin -, que recrutou Ubiratan e Alex e dois adolescentes para executarem o crime.
O relacionamento conturbado por brigas relacionadas a questões financeiras, teria sido o estopim para o planejamento da morte do empresário. Consta nos autos, que dois dias antes do assassinato, Gláucia convenceu o marido, que havia vendido um estabelecimento comercial, a se mudar para um sítio, localizado em um local ermo. Um dos adolescentes, juntamente com Ubiratan e Alex, teriam sido os executores do assassinato, enquanto o outro adolescente foi o responsável por auxiliar na fuga do trio.
As investigações apontaram que Gláucia teria facilitado a entrada dos comparsas na casa e, após o ocorrido, entregou as chaves do veículo Corola da vítima, utilizado para deixar o local e abandonado no povoado Siririzinho, com computador, brinquedos e roupas no seu interior.
“A denunciada Gláucia arquitetou e encomendou, mediante paga ou promessa de recompensa, a morte de seu companheiro, tendo para facilitar o crime, levado a vítima para um local sem possíveis testemunhas; prendeu os cachorros; deixou o cavador na frente de casa; apagou as luzes externas da residência, deixando somente as internas; ficou esperando os executores no local do fato; manteve contato com os coautores do homicídio, dando-lhes todo o apoio e informações necessárias; deixou um carro preparado para a fuga, bem como deixou de acionar imediatamente o serviço médico ou a polícia, permitindo que a vítima morresse agonizando de sofrimento”, diz um dos trechos da denúncia. Em seus depoimentos, os acusados negaram envolvimento no crime.