Da redação, AJN1
Apontado como um dos envolvidos no latrocínio que vitimou o empresário e jornalista Igor de Faro Franco, 31, proprietário do Salomé Bar, Vinícius de Souza Macêdo teve a prisão preventiva revogada pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Aracaju e passará a ser monitorado através de tornozeleira eletrônica. A ausência de provas teria sido o principal motivo para concessão da soltura do acusado, que terá de se apresentar mensalmente à justiça e não sair de casa a noite, aos domingos e feriados.
A decisão do magistrado, que teve manifestação favorável do Ministério Público, indica que inicialmente o depoimento do adolescente, que foi apreendido e confessou ter sido o responsável pelo disparo que vitimou o empresário, e indicou Vinícius como condutor da moto utilizada na ação criminosa, aliado a provas indiciárias mostravam não restar dúvidas sobre a autoria do latrocínio. No entanto, diante do material encaminhado pela defesa do acusado, se mostrou necessária a realização de novas diligências para melhor esclarecer o crime.
Consta na decisão que a defesa do acusado alegou que no dia e horário da morte do empresário, o acusado estava em casa, no bairro Coroa do Meio, acompanhado de um amigo e se preparavam para irem caminhar no calçadão da 13 de Julho. Além disso, a defesa anexou ao pedido de revogação da prisão preventiva, uma ata notarial que descreve as mensagens trocadas por Vinícius e um primo que mora em São Paulo, bem como as ligações efetuadas pelo acusado para um amigo combinando a caminhada.
No pedido, a defesa também encaminhou CD com imagens de câmeras de segurança em que apareceriam Vinícius e o amigo, no dia do crime, por volta das 19h32, caminhando pela rua onde o acusado mora em direção à 13 de Julho e retornando às 20h42. “O único indício da participação do requerente no latrocínio que vitimou Igor de Faro Franco se deu através da delação efetuada pelo adolescente infrator, não havendo testemunha que indique sua participação, até o presente momento, no delito”, diz o magistrado em sua decisão.
Diante da gravidade do caso, ao revogar a preventiva de Vinícius, o magistrado determinou que ele seja monitorado através de tornozeleira eletrônica. Além disso, ele terá de se apresentar mensalmente em juízo para informar e justificar as atividades que tem desempenhado, tendo ainda que permanecer em casa durante anoite e aos domingos e feriados.
Convicção
Para o delegado geral da Polícia Civil, delegado Alessandro Vieira, não existem dúvidas sobre a participação de Vinícius no crime. “Temos certeza que ele será condenado e vai pagar pelo crime que cometeu”, disse o delegado, acrescentando que com base nas alegações da defesa que levaram a soltura do acusado, a polícia já havia solicitado várias diligências complementares, dentre elas a entrega do aparelho celular do qual teriam sido mantidas conversas através de uma rede social, mas a defesa se recusou a apresentar o equipamento para ser submetido a perícia. “A Polícia Civil não tem nenhum tipo de dúvida da participação de Vinicius”, finalizou.
Relembre o caso
Igor de Faro Franco foi morto a tiros na noite do dia 25 de outubro, quando estava na calçada do seu estabelecimento comercial, o Salomé Bar, na Atalaia, em Aracaju. O crime foi praticado por dois homens, em uma moto, que abordam a vítima, que mesmo sem esboçar reação é atingida com um disparo de revólver.
Toda ação criminosa foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento comercial Nas imagens é possível observar a vítima correndo para o interior do bar e o carona da moto efetuando um segundo disparo. O empresário foi socorrido, mas morreu antes de receber atendimento médico.