O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), desarticulou um grupo criminoso que atuava junto a internos do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. A ação policial aconteceu nesta terça-feira (1º) e foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em seis endereços.
A investigação começou a partir de informações repassadas pelo Departamento do Sistema Prisional (Desipe) para a Delegacia-Geral da Polícia Civil. A princípio a denúncia era sobre falsificação de documentos públicos. Nos levantamentos realizados o Depatri identificou os crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, exercício ilegal da profissão e estelionato.
O procedimento investigativo que desencadeou a operação durou mais de 11 meses. O trabalho resultou na descoberta do esquema, no qual algumas pessoas tinham facilitação para ter acesso aos presos. A informação da polícia é que os suspeitos ligavam para familiares e se passavam por advogados para fazer o acompanhamento em audiência de custódia, recebendo de cada integrante determinada quantia.
A investigação também apurou que dois eram advogados, um era bacharel e estudante de Direito, um era agente prisional e um sexto integrante atuava como vigilante na Central de Flagrantes. A Polícia Civil informa que um servidor foi afastado administrativamente e será investigado pela Corregedoria.
O secretário da Justiça e Defesa do Consumidor, Cristiano Barreto, reforçou que os diretores do Desipe e do Copemcan abasteceram a Polícia Civil durante todo o período da investigação com informações importantes para a deflagração da operação.