A Polícia Militar de Sergipe, por meio do Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC), reuniu-se com as lideranças do bairro Aruanda e conjunto Costa Nova, no intuito de apresentar a redistribuição das áreas de atuação das Companhias de Polícia Comunitária atuantes na Zona de Expansão da capital. A reunião ocorreu na noite da última terça-feira, 15, no Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC) do conjunto Costa Nova.
Durante o encontro, o comandante da CPMC, coronel Luiz Azevedo, esclareceu a nova formatação do policiamento comunitário para melhor atender as demandas dos moradores do bairro Aruanda, incluindo o conjunto Costa Nova. A região, que antes era de competência da 2ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Comunitária, passa a ser de abrangência da 5ª Companhia, também conhecida como Companhia de Policiamento Turístico (CPTur).
Com a redistribuição, compete à CPTur o policiamento preventivo dos bairros Coroa do Meio, Atalaia, Aruanda, Costa Nova, Robalo e Mosqueiro, sendo as quatro últimas comunidades anteriormente pertencentes à 2ª Companhia do 1º Batalhão. Dessa forma, essa Unidade passa a cobrir os bairros Farolândia, Aeroporto, conjuntos Orlando Dantas, Augusto Franco e Santa Tereza. As comunidades recebem o reforço das operações Sergipe Mais Seguro e Saturação, que utiliza o efetivo tanto do serviço ordinário quanto do extraordinário.
A readequação é fruto da avaliação das estatísticas de ocorrências registradas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), através do 190. "Identificamos que a formatação do policiamento existente já não mais atendia aos nossos pressupostos. Então, decidimos reforçar o efetivo em rondas ostensivas, reduzindo a área de atuação das viaturas e incrementamos a cobertura da área com cerca de 60 policiais que atuam em Ações de Policiamento Localizado (Apolo), ligados à CPTur", destacou o comandante do CPMC.
Apesar dos esforços empreendidos pela PM para garantir a tranquilidade dos cidadãos, coronel Luiz frisou a necessidade da integração entre as polícias e a sociedade. "Policiamento não se faz só com a Polícia Militar, mas integrada com a Polícia Civil e com a própria comunidade. A participação da comunidade é fundamental para que possamos ter o termômetro do que ocorre aqui na região. Nós trabalhamos em cima de estatísticas. Sem identificar qual o mapa termal da área, onde e em que horários acontecem os crimes e quais são esses tipos de crimes, nós não temos como trabalhar", pontuou.
O oficial exemplificou a experiência do bairro Santa Maria, que completou 34 dias sem registro de homicídio. "Diminuímos os índices de roubo e furto no bairro Santa Maria, em virtude da iniciativa de criação de um grupo de WhatApp pela comunidade, através do qual as pessoas mantém contato direto com a Polícia Militar, e logramos êxito quanto aos índices de homicídio, passando 34 dias sem qualquer registro desse tipo de crime", comemorou.
O comandante do CPMC chamou a atenção para a responsabilidade de cada um no processo de melhoria da segurança pública. "É importante que a própria vizinha permaneça vigilante uns com os outros, atentando para situações e pessoas suspeitas, que evite transitar em locais ermos e mal iluminados e que reclamem às autoridades competentes, também, a falta de iluminação adequada nos bairros. Muitas vezes um roubo acontece por mera distração da vítima ao telefone celular", salientou.
Dados
Entre os meses de agosto de 2014 e 2015, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública registrou 1.419 solicitações no bairro Aruanda, através do 190, sendo a maior parte delas (601) denúncias de perturbação do sossego. Os dados excluem os boletins de ocorrência registrados nas delegacias da capital.
"Analisamos as estatísticas, levantamos os pontos críticos do bairro e atualizamos os cartões-programa das viaturas, no intuito de readequar as rondas ostensivas e os pontos base e garantir uma cobertura satisfatória das áreas de interesse. É um trabalho que vem sendo construído continuamente e, com reuniões periódicas com a comunidade, ele vai sendo aperfeiçoado", informou o major Melo, chefe de operações do CPMC.
Para ajustar o policiamento às novas demandas, devido ao crescimento e povoamento da área atendida, a primeira mudança investida pelo CPMC, conforme explica o major Melo, foi a criação da área integrada de segurança pública da 2ª Companhia do 1º Batalhão, que atende os bairros Farolândia, São Conrado e Aeroporto e dispõe de três viaturas, com sede no PAC do Aeroporto. O Costa Nova, como elucidado, fica atrelado à 5ª Cia/1º BPCom (ou CPTur).
A Aruanda terá viatura própria da CPTur e os boletins de ocorrência deverão ser prestados na Delegacia de Turismo, próximo à praça de eventos da Orla da Atalaia. "Estamos, de todas as formas, viabilizando o policiamento ostensivo dentro dos bairros. Equipes com novos policiais militares vêm reforçando o patrulhamento e estão conhecendo a área. É importante que a sociedade seja parceira e colabore com o nosso trabalho", reforçou Melo.
Para o capitão Jorge Cirilo, comandante da CPTur, reuniões como esta são importantes para aproximar a polícia da comunidade. "Além de estreitar o diálogo com os moradores, esses encontros servem para diagnosticar os pontos críticos dos bairros e facilitar o emprego da tropa, com vistas a tornar o policiamento mais dinâmico e eficiente", declarou.
O diácono Francisco, administrador da Paróquia Irmã Dulce, parabenizou a iniciativa da PM em conversar e esclarecer à comunidade as novas diretrizes para o bairro Aruanda. "Parabéns ao Major Melo e ao Coronel Luiz pelo trabalho que vem sendo planejado. Minha expectativa é que tenhamos sempre a presença de vocês e o permanente diálogo. Clamo para que todos colaboremos com a PM, fazendo as denúncias, para que possamos incrementar as estatísticas e os policiais possam dar todo o apoio necessário à comunidade", apelou o religioso que, como medida preventiva, antecipou as celebrações do sábado à noite, vislumbrando maior segurança para os fiéis.
Fonte: SSP