Suspeitos de envolvimento em fraudes contra operadoras de telefonia na capital e Barra dos Coqueiros, Cleomenes Fernando dos Santos, Adailton Lima de Souza e José Valmiton Soares Santana, o “Milton Santana” ou “Romário”, foram preso pela equipe do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), coordenada pela delegada Mayra Moinhos. Eles vinha sendo investigados há vários meses pela polícia e foram presos na Barra do Coqueiros, no conjunto Médice e centro da capital. Com eles foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, computadores e pen driveres. Uma das fraudes aplicadas gerou um prejuízo a uma empresa.
Segundo a delegada Mayra Moinhos, os acusados usavam empresas de representação comercial para oferecer serviços de telefonia, tendo acesso a documentos de pessoas jurídicas com interesse em linhas telefônicas empresariais. “Com esses dados, Adailton e Cleomedes falsificavam documentos contratando serviços diferentes do combinado e descumpriam rescisões contratuais, mantendo os serviços sem conhecimento dos contratantes”, explicou.
As investigações apontaram que os acusados conseguiam das operadoras aparelhos telefônicos de luxo que deveriam ser repassados aos clientes e revendiam no mercado paralelo por meio de aplicativos de venda online em que a venda de produtos ilícitos é comum em todo o país, buscando lucro. Além disso, as linhas telefônicas contratadas eram posteriormente utilizadas, sendo repassadas a terceiros pelos acusados, possibilitando o uso indiscriminado, resultando contas telefônicas com valores altos.
O golpe consistia ainda em buscar informações de pessoas jurídicas diversas, de forma aleatória, sem qualquer conhecimento destas, contratando serviços de telefonia móvel com fornecimento de aparelhos celulares de luxo. Os suspeitos passaram a ser investigados depois de duas ações, onde Adailton, com a ajuda de José Valmiton, o qual se passou pelo sócio de uma empresa, e utilizou documento de identidade falsificado, para retirar dois aparelhos telefônicos de alto valor. Existe a suspeita que outras pessoas estejam envolvidas nas fraudes.
A delegada Mayra informou que as investigações continuam com intuito de apurar a possível participação de outras pessoas, bem como para esclarecer ações contra outras vítimas que já foram identificadas que podem ter a participação na abertura de empresas falsas para facilitar o cometimento do crime.