Da redação, AJN1
Tinha tudo para ser mais uma festinha de aniversário, regada a doces, salgados, refrigerantes e risadas inocentes, típicas do mundo lépido das crianças. Mas para uma menina de sete anos, convidada pela amiguinha aniversariante, a festa lhe custou a repugnante sensação de ser molestada sexualmente, um trauma que agora ela carrega para a vida inteira.
A festa aconteceu no bairro Inácio Barbosa, zona Sul de Aracaju. A vítima brincava na piscina com as demais amigas de escola. Ao chegar em casa, relatou à mãe que foi “tocada” pelo pai da aniversariante, identificado como Raul Pinto Azeredo Neto, 55 anos, que já está preso.
De acordo com a delegada Thais Lemos, a mãe relatou que levou a filha para comemorar o aniversário de uma colega da escola. "Enquanto a menina estava na piscina com outras quatro crianças e mais o acusado, ocorreu o abuso. Ele utilizou os dedos para penetrar a criança, no meio aquático. A mãe não percebeu, ouviu um grito, mas acreditou ser alguma brincadeira. Somente ao chegar em casa, que a menina relatou o ocorrido. Ao dar banho na criança, percebeu manchas de sangue na roupa íntima e uma pequena fissura na genitália, encaminhando-a para o Instituto Médico Legal (IML), para que as providências fossem tomadas", detalhou.
Ainda segundo Tais, a criança foi encaminhada imediatamente para a maternidade Nossa Senhora de Lourdes e para o Instituto Médico Legal para o exame de corpo de delito. Os pais da vítima registraram o Boletim de ocorrência na Delegacia Plantonista.
O laudo médico comprovou que houve, de fato, o ato libidinoso, sendo a criança molestada com os dedos.
De acordo com a delegada, a palavra da vítima deve ser considerada. “A criança falou, em depoimento, que houve o abuso. Durante entrevista no atendimento psicológico, ela relatou aos profissionais toda a cena do ato sem titubear, inclusive, a calcinha estava manchada de sangue”.
Na casa do agressor, a polícia encontrou uma pistola .380, apetrechos pornográficos e computadores com material pornô adulto.
Raul estava em Sergipe há cinco anos, e possui processos no estado do Rio de Janeiro, por estupro de vulnerável, cárcere privado, disparo de arma de fogo e estelionato.