Da redação, AJN1
Apontado pela polícia como articulador da tentativa de morte contra o advogado Antônio Mortari ocorrida em agosto do ano passado, Clemilton de Almeida Agapito, 61, foi preso nesta quarta-feira (1º) pela equipe do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), coordenada pela delegada Thereza Simony.
Em virtude do estado de saúde do acusado, o juízo da 8ª Vara Criminal, converteu a preventiva em prisão domiciliar, devendo Clemilton ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Os dois comparsas do acusado, Anderson Santana Garcez do Nascimento, 27, e Marcus Henrique Coelho de Souza, 53, foram presos no dia anterior.
A coordenadora da 1ª Divisão do DHPP, delegada Thereza Simony, explicou que as investigações apontaram que Agapito e Anderson, com o apoio de Marcos, se associaram para articular e executar o plano para matar o advogado. Pelo que ficou esclarecido a tentativa de homicídio teria sido motivada em decorrência de orientações que Mortari teria passado a um cliente, que é sócio minoritário da empresa Entre Rios.
Ela lembrou que o advogado descobriu irregularidades praticadas por Clemilton e Anderson, sócios majoritários da empresa. “Fizemos o levantamento de imagens e um trabalho de inteligência, além de contar com a ajuda da vítima que levantou algumas possibilidades. Uma triagem com os suspeitos foi realizada e obtivemos êxito em apontar os responsáveis”, explicou a delegada. Em dezembro do ano passado, os acusados tiveram as prisões temporárias decretadas pela justiça e agora foram decretadas as preventivas.
Relembre o caso
A tentativa de morte contra o advogado aconteceu por volta das 22 horas do dia 3 de agosto de 2016, na avenida Barão de Maruim, depois que a vítima saiu do escritório no bairro São José em Aracaju. Mortari estava na Hilux, preta, de placas HZU-6725/SE, quando desconhecidos emparelharam em um veículo Montana e efetuaram cerca de dez tiros de pistola. Os tiros atingiram a lataria da caminhonete e dois deles feriram a vítima no braço.
Baleado, Mortari chegou a postar um áudio em uma rede social, onde avisava que estava ferido e pedia ajuda. Ele foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para um hospital particular do bairro São José, onde recebeu alta médica no dia seguinte. Desde o início das investigações, conforme foi divulgado pelo AJN1, o DHPP trabalhava com a possibilidade de o crime ter relação com a atividade profissional de Mortari, mais precisamente a uma das causas em que atuava.