Da redação, AJN1
Só depois da realização de exames no Instituto Médico Legal (IML) que comprovem que o corpo encontrado, no último sábado (3), em uma área de mata no povoado Poxim, em Japoatã, é da criança Wallace Thiago de Jesus Santos, 4 anos, é que haverá a liberação para o sepultamento. A princípio a tentativa de se identificar o corpo, que chegou a ser reconhecido por familiares da criança, está sendo feita por uma médica odontolegista através da arcada dentária. Caso isto não seja possível, será realizado o exame de DNA.
Na manhã desta segunda-feira (5) houve um princípio de tumulto no Instituto Médico Legal (IML), em Aracaju, depois que a mãe da criança Alessandra Jesus Santos, que é apontada pela polícia como suspeita de envolvimento no crime, esteve no local e se encontrou com o pai e outros familiares do menino.
Alessandra foi hostilizada e na saída do IML disse esperar que a justiça seja feita. “Eu quero justiça. Quero que paguem pelo que fizeram com o meu filho”. Em virtude de ameças de morte que estaria sofrendo e temendo por uma ação violenta da comunidade, a mulher e o companheiro não estão mais residindo no povoado Poxim.
A causa da morte da criança, que estava desaparecida a cerca de um mês, só será conhecida após o resultado dos exames da necropsia realizados no IML. Segundo o assessor de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Renato Nogueira, na perícia, o médico legista encontrou um afundamento de crânio no menino, mas só com a conclusão do laudo é que será possível constatar a causa da morte.
O pai biológico de Wallace, Lenilson dos Santos, afirmou não ter dúvidas sobre o envolvimento de Alessandra de Jesus Santos e do companheiro dela, Genisson Feitosa Marques, no crime. Preferindo não passar detalhes sobre o andamento do caso, o delegado Thiago Lustosa, limitou-se a informar que as investigações estão sendo aprofundadas no sentido de se chegar a autoria do crime.
Achado
O corpo de Wallace foi encontrado no final da manhã do último sábado (3), quando populares juntamente com o Conselho Tutelar de Japoatã realizavam buscas em uma área de mata próximo a residência da criança no povoado Poxim. Um popular desconfiou de um local onde a terra aparentava estar mexida e ao cavar, se deparou com o corpo. Um fato que chamou a atenção é que na raiz exposta de uma árvore estava escrito o nome da criança. O achado do corpo comoveu e revoltou a comunidade local.
Wallace estava sumido desde o dia 4 de agosto. As circunstancias do desaparecimento ainda estão sendo investigadas pela polícia. A informação é que o menino teria sido colocado no quarto para dormir e só na manhã do dia seguinte é que a mãe deu por falta dele. Além disso, em depoimento prestado a polícia, o padrasto teria dito que, na noite do ocorrido, saiu de casa para caçar e não percebeu nenhuma movimentação estranha na casa.
A mãe e o padrasto do menino chegaram a passar cinco dias detidos por força de um mandado de prisão temporária, mas acabaram soltos.