Quase três anos depois de executar a tiros o professor de educação física Filadelfo Brandão de Santana, José Yuri Souza Cruz, 21, foi julgado e condenado a 17 anos de reclusão em regime fechado. A sessão aconteceu nesta sexta-feira (11) no auditório do fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, e foi presidida pelo juiz da 5ª Vara Criminal Cláudio Bahia Felicíssimo. A defesa do réu defendeu a tese de homicídio privilegiado. No entanto, para os jurados prevaleceu os argumentos da acusação de homicídio triplamente qualificado.
O crime aconteceu por volta das 12h40, do dia 11 de fevereiro de 2016, na avenida Matadouro, no bairro Olaria, em Aracaju, um dia depois de Yuri ter descoberto troca de mensagens da companheira com o professor, levantando assim a suspeita de haver um romance entre os dois. Consta nos autos, que diante da situação, o acusado apossou-se do aparelho celular e, se passando pela mulher, marcou um encontro com o professor.
Sem saber que estava sendo atraído para uma emboscada, Filadelfo, que residia em Frei Paulo, se deslocou até a avenida Matadouro e enquanto esperava a mulher no Fiesta de cor branca e placas OEJ-7276/SE foi surpreendido por Yuri. Armado com um revólver calibre 38, de propriedade de um colega, o acusado mandou que o professor baixasse o vidro do lado do carona e na sequência efetuou efetuou vários disparos. Yuri fugiu do local com a ajuda de um motoboy, que aguarda julgamento em liberdade.
Dias depois, a equipe da 1ª Divisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) desvendou toda a trama e prendeu o acusado, que acabou condenado por homicídio triplamente qualificado.