ARACAJU/SE, 15 de maio de 2025 , 2:24:09

Família cobra justiça por morte de adolescente

Da redação, AJN1

“Se ele tivesse parado aquele carro, minha irmã estava viva. Tenho fé na justiça de Deus. Com um mês vai tá solto e minha irmã embaixo da terra”, lamentou Valéria da Cunha, irmã da adolescente que foi morta com um tiro em Carira, durante uma tentativa de abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O fato aconteceu na tarde do sábado (5), na BR-235 em Carira, depois que o companheiro dela, Ronison dos Santos, 19, que conduzia o Polo Sedan, preto, de placa MVI-2245/AL, onde a vítima estava, se recusou a atender uma ordem de parada da PRF e fugiu em alta velocidade.

Segundo Valéria, a irmã e o companheiro estavam indo para um bar, onde se encontrariam com alguns amigos. No percurso acabaram se deparando com a Polícia Rodoviária, que estava na rodovia em Carira. “A federal estava em carira e avistaram ele de longe. Deu ordem de parada e ele não parou. Várias pessoas que testemunharam disseram que ele passava pelos quebra-molas e nada de parar. A PRF ligou a sirene e ele passando nos quebra-mola em alta velocidade”, lembrou.

A irmã da vítima contou ainda que Valéria estava com parte do corpo para fora do carro e gritava por socorro, implorando por ajuda e pedindo que Ronison parasse o carro. “Ela gritava! Roni pare esse carro, e quanto mais pedia ajuda, mais ele acelerava, e os policiais em perseguição. Na saída de Carira para Baixa Grande foi onde aconteceu. Os policiais já haviam atirado no pneu e o último tiro atingiu minha irmã. Quando ele viu minha a irmã baleada, parou o carro e pediu que não atirasse mais porque ela já estava baleada”, revelou Valéria.

A mulher revelou ainda a vítima já estava morta quando chegou ao hospital. “Disseram que ela chegou viva no hospital, mas não. Pedi informações, mas ninguém queria me dizer nada. O tiro não foi no braço, foi na costela e saiu no peito. Disseram que tinham quatro médicos, mas só tinha enfermeiros”, lembrou Valéria que cobra justiça. “Peço justiça. Eu sei que o policial errou. Errou muito por ter atirado. Tinha uma inocente naquele carro pedindo ajuda. Minha irmã lutou até o último suspiro. Vi marcas de ferimentos. Cabeça machucada e mãos arranhadas como se tivesse ido para cima dele para parar o carro, mas ele não parou”.

O corpo de Bianca foi sepultado neste domingo (6), em Carira. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso será investigado pela Polícia Federal. Além disso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai instaurar inquérito administrativo.

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