Da redação, AJN1
No último sábado (5), uma senhora de 71 anos de idade foi mais uma vítima de estelionatário. A idosa disse à Delegacia Plantonista que precisou ir ao caixa eletrônico do Banco do Brasil, situado na avenida Francisco Porto, em Aracaju, para fazer um saque na conta de sua irmã.
Chegando lá, ao tentar sacar, o cartão ficou preso em uma das máquinas, fato que, obviamente, deixaria qualquer cidadão nervoso. Ao perceber a aflição da idosa, um homem se aproximou e ofereceu ajuda. De pronto, a idosa aceitou. Só que a ajuda vinha de um estelionatário, que não agiu sozinho.
O criminoso, então, disse a vítima que iria ligar para a central do Banco do Brasil e que passaria o telefone para ela. Dito e feito. Ele ligou e passou a ligação para ela, mas quem estava do outro lado da linha era outro comparsa, que se passou pelo atendente bancário e pediu todos os dados, como nome completo, número do cartão, senhas numéricas e alfabéticas. Sem saber que estava sendo lesada, a idosa forneceu o que o interlocutor queria, pensando que o problema estava resolvido. “Em nenhum momento pensei que se tratava de um golpe”, disse ela.
Ao sair do banco, a senhora começou a receber mensagens telefônicas das movimentações que estavam fazendo na conta em questão, a conta em nome de sua irmã. E as movimentações foram gordas: dois saques de R$1.500 e R$ 1.000, além de uma transferência de R$ 5 mil, deixando ao final das transações fraudulentas, um saldo negativo de R$ 2.084,65.
“Acredito que eram mais de um envolvido no golpe, pois lembro que depois que esse rapaz me deu o celular, ele saiu e outro entrou e disse que o cartão ainda estava preso no terminal”, reiterou ela.
Cuidados
O delegado geral da Polícia Civil de Sergipe, Everton dos Santos, disse que essa modalidade vem acontecendo com frequência em Sergipe e pede mais cuidado aos usuários.
“O estelionato tem várias modalidades e algumas precauções a pessoa tem que ter. Tentem sempre gravar a senha na memória. Sabemos que os estelionatários são pessoas bem vestidas e se aproximam no momento em que percebem que a vítima não sabe usar o cartão e estão sempre querendo ajudar. Não aceitem ajuda e se a pessoa insistir, chame a polícia. Ajuda apenas de familiares próximos”, explica.