Da redação, AJN1
Cinco mandados de prisão foram cumpridos em Sergipe durante a operação Flashback, que teve como alvos integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). No cumprimento de um dos mandados, o suspeito reagiu e foi morto em confronto com a polícia na cidade de Lagarto. A ação deflagrada na manhã de hoje (27), aconteceu simultaneamente em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Ao todo estão sendo cumpridos 110 mandados de prisão.
Em Sergipe, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contou com o apoio do Departamento de Narcóticos (Denarc), Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), Coordenação Geral de Inteligência de Segurança Pública (Cogesisp), Grupo de Ações Táticas do Interior (Gati), Comando de Operações Especiais (COE), 2ª Seção do Estado Maior – setor de inteligência da Polícia Militar – e Departamento do Sistema Prisional de Sergipe (Desipe).
A operação que é coordenada pelo Ministério Público de Alagoas é resultado de sete meses de investigações e contou com a cooperação dos Gaecos dos Estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe. De acordo com o MP, os alvos da operação foram líderes do PCC, com atividades enraizadas dentro e fora do sistema prisional. Eles são acusados de envolvimento em execuções sumárias de rivais ou inocentes, sequestros, tráfico de drogas e assaltos.
O objetivo da ação é combater o principal núcleo da facção criminosa, com base no Mato Grosso do Sul, de onde saem as ordens de execução para todo Brasil, sob comando de um faccionado identificado como ‘Maré alta’. Segundo as investigações, este indivíduo compõe a atual liderança da facção, que substitui o fundador e líder, Marcos Willians Camacho, conhecido como ‘Marcola’ que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.
Uma das características do PCC é a frieza com a qual determinam a forma de execução das suas vítimas, incluindo jovens inocentes e membros da própria facção, tidos como desobedientes, quase sempre narrando para elas como será o passo a passo da morte. Durante as execuções, os criminosos costumam fazer contato com o líder que deu a sentença e transmitir, por meio de vídeos, para provocar ‘prazer’ e reforçar sua autoridade, bem como ganhar prestígio dentro da facção.
*Com informações MP
