Da redação, AJN1
Um oficial do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe assassinou a companheira e depois se matou. O feminicídio seguido de suicídio aconteceu por volta das 6h40 desta quinta-feira (2) em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental José Souza de Jesus, no bairro 17 de Março, em Aracaju. O militar foi identificado como sendo o subtenente Jeferson Mendonça, 45. A companheira dele, a professora Andréa Monte Santo Belizário, 37, foi alvejada no tórax e chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu ao ferimento e morreu a caminho do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
De acordo com testemunhas, o casal estava em processo de separação. Na manhã de hoje, ela havia acabado de chegar na escola, localizada na rua Laudelino de Oliveira Freire, no 17 de Março, e após descer do carro foi abordada pelo subtenente, que estava em uma moto de placa QMC-1389/SE. Os dois teriam discutido, tendo ele segurado a bolsa dela. Ao dar as costas e caminhar em direção à escola, o oficial efetuou um disparo e na sequência praticou o suicídio.
Equipes da Polícia Militar e duas Unidades de Suporte Avançado do Samu foram acionadas. Ao chegar ao local, o oficial do Bombeiros já estava em óbito, enquanto a professora recebeu os primeiros socorros na ambulância, mas não resistiu e evoluiu a óbito enquanto era levada ao Huse. O corpo dela foi encaminhado ao necrotério do hospital. “Foi uma discussão de casal. Ele abordou a vítima quando chegava para trabalhar e efetuou um disparo. Depois praticou o suicídio”, explicou o tenente do 1º Batalhão da PM, J. Torres.
Policiais militares fizeram o isolamento da área até as chegadas das equipes dos Institutos de Criminalística e Médico Legal. As circunstâncias e a motivação do crime serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o tenente Lino, do Corpo de Bombeiros, o ocorrido causou surpresa a todos, pois não se tinha conhecimento que o subtenente estaria passando por algum problema. “Não sabíamos que passava por esse sofrimento ao ponto de passar por essa tragédia. É uma coisa que abala muito. Recebemos a notícia com muita tristeza, ficamos abalados. É uma situação que a gente não esperava que acontecesse. Era uma pessoa tranquila. No quartel ele era sempre alegre, chegava normal, tirava o serviço, desempenhava suas atividades e não tinha desavenças com ninguém”, revelou o oficial.
O subtenente Mendonça estava no Corpo de Bombeiros há 26 anos, enquanto a professora estava há um mês lecionando na escola José Souza de Jesus, no 17 de Março.