Do AJN1, Ailton Sousa
O vigilante Luiz Carlos dos Santos, que foi baleado durante uma troca de tiros com dois assaltantes, não resistiu aos ferimentos e morreu enquanto era submetido a uma intervenção cirúrgica no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). O fato aconteceu por volta das 16 h de hoje (20), durante uma tentativa de assalto a uma papelaria localizada na rua Dr. Roberto Ribeiro, no bairro Jardins, em Aracaju.
Na ação, o vigilante conseguiu alvejar um dos assaltantes, identificado como sendo o fugitivo do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Compecan), em São Cristóvão, Heraldo Reis de Alcântara Filho, 22. Ele estava foragido desde o último domingo (17), quando em circunstâncias ainda não esclarecidas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), escapou na unidade prisional. Heraldo estava preso desde junho do ano passado acusado de ser o chefe de uma quadrilha denominada "Gangue dos Playboys", que era especializada no roubo de veículos.
Foragido
Equipes da Polícia Militar estão mobilizadas para prender o comparsa de Heraldo, que conseguiu fugir durante a troca de tiros com o vigilante. Os primeiros levantamentos realizados pela PM indicam que a dupla chegou a papelaria em uma bicicleta. Coube a Heraldo ir até a loja e abordar o vigilante para roubar balístico do vigilante, enquanto o outro homem permaneceu na rua dando cobertura.
O vigilante reagiu e conseguiu balear Heraldo, que teve moreu no interior da loja. Com isso, o comparsa do assaltante efetuou vários disparos contra Luiz Carlos, que foi atingido na cabeça e no abdomen, e fugiu na bicicleta.
A policia foi acionada e equipes do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) esteve no local e passou a realizar buscas. Luiz Carlos foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Huse. No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 19h30. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Genilson Pereira, lamentou o ocorrido e reclamou da falta de condições de trabalho dos vigilantes, que acabam tendo a função de segurança prejudicada ao serem obrigados a desenvolver outras atividades nos postos de serviço.
