Uma vasta e conhecida ficha criminal, com a prática de homicídios, porte ilegal de arma e a coordenação de uma fatia considerável do tráfico em Sergipe. Como é de costume entre os grandes traficantes, Adriano Vieira Santos, mais conhecido como “Sapão”, 35, determinava crimes cruéis e comandava o tráfico de drogas de dentro de uma das maiores favelas da América Latina, a Rocinha.
Foi lá, na Rocinha, que investigadores do Denarc deflagraram a Operação Extração. A Polícia Civil de Sergipe, com o apoio do Núcleo de inteligência da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, localizou, prendeu e desceu a comunidade da Rocinha com “Sapão” nesta quinta-feira, dia 03. No momento da prisão, ele estava com a companheira e a enteada e não esboçou qualquer tipo de reação diante da surpresa com a chegada dos policiais do Denarc. Toda a ação da polícia foi coordenada de Aracaju pelo Denarc e a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).
Segundo o delegado André David, diretor do Denarc, os investigadores do Departamento chegaram no Rio de Janeiro na última sexta-feira, 28 de maio, e já com informações importantes, definiram a estratégia para subir na Rocinha. Com o acompanhamento de equipes do RJ, cumpriram nesta quinta-feira os mandados de prisão expedidos pelo Judiciário de Sergipe.
Foi um trabalho de inteligência, paciência e muita técnica investigativa. Os mandados de prisão expedidos pela Justiça de Sergipe eram pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação com o tráfico. As investigações do Denarc revelam o grande impacto que Adriano tinha na determinação da prática de crimes como o de homicídios – muito deles qualificados pela maneira cruel e banalidade de como eram praticados – e na capilaridade do tráfico em todo o estado de Sergipe, mesmo distante.
Durante a operação na Rocinha, os investigadores de Sergipe tiveram apoio fundamental de militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade. Logo após a prisão, Sapão foi levado para a sede da Polícia Interestadual do Rio de Janeiro, a Polinter, localizada a 30 minutos da maior favela da América do Sul.
Agora, a Secretaria da Segurança Pública está definindo o translado do investigado para Aracaju, onde ele prestará depoimentos para a Polícia Civil sergipana. As investigações serão mantidas a fim de aprofundar o combate ao tráfico de drogas, a prática de homicídios e manter a diminuição da taxa de criminalidade no estado.
Fonte: SSP