Da redação, AJN1
Um homem identificado pela polícia como José Galicio dos Santos, suspeito de raptar os filhos biológicos, morreu em uma troca de tiros com a equipe da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac). A ação aconteceu por volta das 15h30 desta quinta-feira (1º) na zona rural do povoado Senhor do Bonfim, nas proximidades do povoado São Domingos, em Porto da Folha. Com o suspeito foi apreendido um revólver e recuperados a moto e aparelhos celulares roubados. A mãe das crianças, Valquíria Maria dos Santos, que também participou do rapto, estava com preventiva decretada e foi presa.
O rapto aconteceu na noite desta quarta-feira (31), quando o casal, armado com revólver e faca, invadiram a casa do familiar que tem a guarda provisória das crianças de dois e três anos. As pessoas que estavam no imóvel foram rendidas e trancadas no banheiro, enquanto o casal fugiu levando os dois filhos, uma moto e aparelhos celulares. Após o ocorrido, a polícia foi acionada e equipes do 4º Batalhão da PM e do Ciopac passaram a realizar buscas pela região. O caso vinha sendo investigado pelo delegado Neviton Rodrigues que solicitou e a justiça decretou a prisão dos acusados.
Na tarde de ontem, o casal foi localizado na zona rural de Porto da Folha e no momento da abordagem José Galício, que portava um revólver, teria reagido, atirando contra a guarnição do Ciopac. Houve o revide e ele acabou baleado. Ele foi levado ao hospital local, mas morreu instantes depois. Já a Maria Valquíria foi detida. Os militares recuperaram a moto de placa OEN-0507/SE e os aparelhos celulares levados das vítimas no momento do rapto. As crianças também foram localizadas e levadas ao Conselho Tutelar, que as encaminhou aos familiares que tem a guarda provisória delas.
Segundo a advogada do casal, Jane Glécia, o casal perdeu a guarda dos filhos há três meses sob acusação de negligência, falta de alimentação adequada e de uma moradia mais aconchegante. “Sempre frisei que são pobre e não têm condições de ter uma casa nos moldes que o judiciário quer. Acompanhei o sofrimento deles. A reação deles é que realmente se desesperaram e não queriam que as filhas saissem de perto. Foi um ato de desespero de verdade”, destacou a advogada.
O corpo de José Galício foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) onde foi necropsiado e depois liberado para o sepultamento.