Durante coletiva de imprensa concedida na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Civil (PC) esclareceu alguns pontos sobre a investigação da morte da vendedora Ana Paula Jesus dos Santos, morta a golpes de marreta em Aracaju. O suspeito Vitor Aragão, que era marido da vítima, está preso por ordem judicial.
De acordo com a PC, a elucidação do crime, ocorrido no dia 11 deste mês, ainda está em andamento, porém, o desenvolvimento da investigação, por ser em parte sigilosa, estava causando algumas refutações por parte da defesa do suspeito Vitor Aragão. “Algumas peças do inquérito se mantém sigilosas, para que não comprometam as investigações. Além disso, há o cuidado e o respeito com os familiares dos envolvidos neste feminicídio, principalmente o filho do casal, uma criança de oito anos”, esclarece a delegada-geral, Katarina Feitoza.
A delegada-geral também ratifica que Vitor Aragão não foi preso em flagrante, porém, foi emitido um mandado de prisão pela justiça, após constatar que se tratava de crime de feminicídio e não de latrocínio, como havia alegado o suspeito. “Todo questionamento da defesa do suspeito deve ser feito nos autos do processo”, destaca Katarina.
A Coordenadoria Geral de Perícias (Corgep) teve um trabalho fundamental para comprovar tecnicamente a conclusão da polícia de que se trata de um crime de feminicídio. “Já li várias vezes o laudo pericial, procurando algum ponto divergente, tendo em vista que está havendo essa contestação da mídia, mas não vi nada que desabonasse o laudo pericial. Nós não temos dúvida nenhuma da qualidade da perícia”, conta o coordenador-geral de Perícias, Nestor Barros.
Já delegada responsável pelo caso, Luciana Pereira, ainda ressalta que o trabalho da polícia é transparente e técnico, sendo fiscalizado pelo Ministério Público. “A nossa produção de provas não é televisiva, ela está nos autos processuais”, evidencia a delegada Luciana Pereira.