Da redação, AJN1
A Polícia Civil apresentou na tarde desta sexta-feira (22), os detalhes de uma operação desencadeada pelo Departamento de Defraudações, no município de Nossa Senhora do Socorro, que resultou na prisão de um indivíduo, identificado como Aparecido Vilela Santos, acusado de promover crimes de estelionato em Sergipe.
Vilela foi preso no conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro, após quase dois meses de investigações acerca dos golpes aplicados por ele contra mais de 100 famílias humildes que tentavam adquirir a casa própria.
De acordo com a delegada Rosana Freitas, o suspeito prometia as vítimas uma residência em um conjunto de casas populares, que estava sendo construído pelo Governo de Sergipe no bairro Porto D'Anta, Zona Norte de Aracaju.
Segundo a delegada, o poder de retórica de Vilela iludia os interessados em ter uma moradia popular. Ele afirmava que tinha influência e cargo político junto ao Governo do Estado e que essa aproximação com o Executivo Estadual facilitaria a vida dos interessados.
Para isso, bastava que a vítima pagasse entre R$ 5 e 20 mil para que ele acelerasse o cadastro e a consequente distribuição do bem. Para que o negócio ganhasse ares lícitos, Aparecido assinava de próprio punho um recibo com o valor do pagamento.
“Com a demora em ter acesso ao bem, as vítimas ameaçaram procurar à polícia, mas foram ameaçadas por Aparecido que disse que caso elas fossem à delegacia não veriam mais o dinheiro e não receberiam a casa”, destacou a delegada.
Pelo menos 20 pessoas foram ao Departamento e contaram tudo a polícia. De posse das informações, os investigadores descobriram que Aparecido estava se desfazendo de bens para tentar fugir de Sergipe. “Como havia risco de fuga e ele estava atrapalhando as investigações ao intimidar as vítimas, solicitamos sua prisão ao Judiciário que foi deferida”, disse a delegada.
Versão
Ao ser preso, Aparecido negou o golpe e disse que na verdade ele recolheu o dinheiro das vítimas na tentativa de fazer um projeto particular de construção de casas populares e que o dinheiro seria usado para fazer captação de recursos federais em Brasília. Porém, segundo ele, o projeto não avançou devido à crise financeira que assola o país.
A conversa, naturalmente, não convenceu os investigadores e é totalmente contestada pelas vítimas. A delegada ainda não sabe estimar o tamanho do prejuízo causado as famílias, mas acredita que pela quantidade de vítimas e pelo tempo que agia, desde 2014, o prejuízo seja muito grande.
Com informações da SSP