Da redação, AJN1
A Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) do Instituto Médico Legal (IML) concluiu ontem (5) que o garoto Wallace Thiago, de 4 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de agosto, no município de Japoatã, morreu após perda de muito sangue, ocasionado por ferimento no abdômen, realizado por instrumento perfurocortante, além de apresentar politraumatismo na mesma região.
A identificação do garoto também foi confirmada após a realização de superposição por imagem da arcada dentária, feita pela odontolegista forense, Suzana Maciel. "Caso a técnica aplicada não obtivesse resultado seria necessário a solicitação de um exame de DNA, que não é feito aqui no Estado e levaria cerca de 30 dias para chegar o resultado", esclarece o diretor.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), informou que o laudo será encaminhado ao delegado Thiago Lustosa para conclusão do inquérito policial.
O caso
O corpo de Wallace foi encontrado no final da manhã do último sábado (3), quando populares juntamente com o Conselho Tutelar de Japoatã realizavam buscas em uma área de mata próximo a residência da criança no povoado Poxim. Um popular desconfiou de um local onde a terra aparentava estar mexida e ao cavar, se deparou com o corpo. Um fato que chamou a atenção é que na raiz exposta de uma árvore estava escrito o nome da criança. O achado do corpo comoveu e revoltou a comunidade local.
As circunstancias do desaparecimento ainda estão sendo investigadas pela polícia. A informação é que o menino teria sido colocado no quarto para dormir e só na manhã do dia seguinte é que a mãe deu por falta dele. Além disso, em depoimento prestado à polícia, o padrasto teria dito que, na noite do ocorrido, saiu de casa para caçar e não percebeu nenhuma movimentação estranha na casa.
A mãe e o padrasto do menino chegaram a passar cinco dias detidos por força de um mandado de prisão temporária, mas acabaram soltos.