Da redação, AJN1
Continuam foragidos 14 detentos que escaparam por volta das 2h da madrugada desta quinta-feira (8), do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. É o que informa a assessoria de Comunicação do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe (Sindipen). No início da semana, os agentes haviam impedido a fuga de 22 presos.
Conforme a assessoria do Sindpen, a categoria havia alertado à direção da Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc) sobre a possível fuga em massa, tendo em vista as condições decrépitas das portas das celas do Pavilhão, mas nenhuma providência foi adotada.
A fuga
Os detentos que zarparam estavam na cela sete, da Ala A no Pavilhão III. Eles serraram a porta da cela e depois duas grades do corredor que dá acesso ao pátio de banho de sol do Pavilhão. Em seguida, escalaram o muro utilizando "terezas" – cordas feitas com lençóis. Segundo o Sindipen, todas as guaritas estavam desativadas e apenas 13 agentes penitenciários faziam a segurança de todo o Complexo.
Lamento
“O Sindpen lamenta a situação do sistema prisional de Sergipe, em especial o Copemcan, e esclarece que contribuem para a constante ocorrência de fugas fatores como: a superlotação no local aliada ao número pequeno de agentes penitenciários; a deficiência na iluminação do local (70% do sistema de iluminação está desativado); e a existência de guaritas desativadas”, a assessoria do sindicato.
Buscas
Quanto às buscas pelos foragidos, de acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram deslocadas várias unidades policiais para fazer a recaptura dos fugitivos, entre elas a Radiopatrulha, a Tropa de Choque e policiais do 1° Batalhão da Polícia Militar do Estado de Sergipe (PM/SE), porém, até o momento, nenhum dos detentos foi recapturado. A assessoria disse ainda que já foi feita a recontagem dos presos do Complexo, mas que ainda não tem o nome dos fugitivos.
Inércia da Sejuc
A Sejuc continua estática na relação com a imprensa. Nem o secretário de Estado da Justiça, Antônio Hora, nem sua assessoria de Comunicação foram localizados para falar sobre o assunto.