Da redação, AJN1
Acusado de se passar por médico no interior de Sergipe e com preventiva decretada pela justiça, Djalma Santos Alves, 42, foi preso na cidade de Trindade, na região metropolitana de Goiânia, durante uma operação policial que contou com o apoio da equipe da Delegacia de Campo do Brito. O acusado agiu entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 o fazendo consultas médicas e ofertando vacinas falsas contra a febre amarela. Djalma também se passava por detetive particular para aplicar golpes.
De acordo com a delegada Michele Araújo, as investigações começaram a partir de uma denúncia anônima, que indicava que um homem, identificado por Djalma, estaria visitando idosos na zona rural de Macambira, onde se apresentava como médico. Ele teria atuado por mais de um mês aplicando as vacinas que custavam entre R$ 150 e R$ 200; e consultando e prescrevendo medicações. Pelo menos cinco idosos teriam sido vítimas do falso médico. Um fato que chamou a atenção da polícia, é que o acusado costuma transportar as vacinas em uma caixa de óculos e as seringas já prontos para aplicação.
“Nós conversamos com a filha de um das vítimas, que revelou ter contratado o acusado para atuar como detetive particular em um caso relacionado ao idoso”, disse a delegada, acrescentando que a equipe de investigações da Delegacia de Campo do Brito buscou informações na universidade particular que Djalma alegava ter se formado e ficou constatado que ele nunca havia estudado medicina e sim cursado Enfermagem por alguns períodos.
Ao descobrir que a polícia sergipana estava no seu encalço, Djalma fugiu para Trindade (GO), onde o filho reside com a mãe e o padrasto. Quando foi preso, o acusado estava trabalhando em uma chácara. Ao ser interrogado, ele disse que cursou Enfermagem por quatro períodos em uma universidade particular de Aracaju e chegou a visitar locais públicos sob a supervisão de orientadores do curso. Questionado sobre a denúncia de que teria uma arma registrada em seu nome, Djalma preferiu não se pronunciar. Quanto ao nome falso, ele disse que usava pseudônimos por ser professor de inglês.
Djalma segue preso em Goiás e deve ser transferido para uma das unidades prisionais do estado, onde vai responder por estelionato contra idosos e exercício ilegal da profissão.
*Matéria alterada às 8h30 para acréscimo de informações.
