Da redação, AJN1
Após a fuga e a rebelião ocorridas na última segunda-feira (22), supostos internos do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) prometem destruir a unidade prisional caso não ocorra a visita íntima no sábado. As ameaças foram feitas através de áudios divulgados na redes sociais. "Se não botar a visita para dentro no sábado, nós destrói a cadeia todinha. Arranca porta e vamo até a direção conversar com o diretor. Seu Fernando tenha cabeça e veja o que vai fazer antes. Se tomar atitude precipitada estamos prontinho para botar sua cadeia a baixo (sic)", diz um dos trechos da gravação.
Em outro trecho, os presos afirmam que a suspensão da visita íntima não trará apenas problemas para o Copemcan, mas para todas as unidades prisionais do Estado. "Nós tamos prontinhos para destruir sua cadeia. Nós vamo até você na direção. Ninguém tem nada haver não se sua cadeia tá cheia demais. Cuidado pode ir mais embora. É Terra Dura, Tobias e Gloria Depois que sua cadeia explodir não se arrependa. Pode preparar Choque, Gope, o que vocês quiser. Se explodir uma cadeia dessas com superlotação não tem policial que segure (sic)", afirma o preso.
A possível suspensão da visita foi cogitada a partir da decisão dos agentes penitenciários em realizar apenas as atividades inerentes a função que estão previstas em lei. Os agentes denunciam que além da superlotação carcerária, o Copemcan não tem local adequado para a realização da visita íntima. Dentre as reivindicações da categoria está a realização do concurso público que já tem edital pronto na Secretaria da Fazenda, mas o projeto de lei ainda não foi enviado para a Assembleia Legislativa (Alese).
Mobilização
Nesta quinta-feira (25), a categoria realiza uma manifestação em frente ao setor de transportes da Sejuc, localizado no conjunto Orlando Dantas. Desde o início da semana que as audiências não estão sendo realizadas porque os agentes não estão realizando escolta em virtude da inexistência de equipamentos de proteção individual para os condutores da escolta, a exemplo de coletes balísticos e armamentos. Além disso, os veículos estão sem manutenção e muitos deles com documentação irregular. Os agentes também reclamam da falta de treinamento.
A reportagem do AJN1 tentou ouvir, por telefone, o secretário de Estado da Justiça, Antônio Hora Filho, mas não obteve sucesso.