Da redação, AJN1
A prisão do radialista George Magalhães, que é acusado de estupro contra uma mulher de 42 anos, foi motivada por uma tentativa de cooptar uma testemunha, interferindo assim nas investigações. “Constatamos no curso do inquérito que houve uma tentativa de mudar o rumo das investigações. Quando tomamos conhecimento e verificamos que houve a corrupção de uma testemunha representamos pela prisão preventiva e demos cumprimento a ordem judicial”, explicou a delegada Renata Aboim, do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), durante entrevista coletiva à imprensa, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (13). Além disso, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) foi conclusivo para a presença de espermatozoide e PSA, confirmando assim que houve a relação sexual.
De acordo com a delegada, inicialmente um dos funcionários, que foi o primeiro a manter contato com a vítima, prestou um depoimento, mas depois foi solicitada uma nova ouvida da testemunha, que teria novas informação a passar. Ao ser reinquirido no DAGV, o homem alegou que a mulher teria lhe prometido dinheiro. Por conta das divergências nas versões apresentadas, a equipe do Departamento realizou uma acareação entre a vítima e a testemunha. Diante da situação, o funcionário do prédio recuou e negou qualquer proposta de dinheiro por parte da mulher. Mas, revelou que manteve contato com o acusado, que teria lhe oferecido dinheiro e vantagens para procurar a polícia e mudar a versão dos fatos.
Renata Aboim informou que o inquérito será concluído nos próximos dias e encaminhado à Justiça. Ela acrescentou que ainda aguarda o resultado da perícia em um aparelho celular que foi apreendido. “Há indícios fortes da prática do crime. O laudo do IML foi conclusivo no sentido de ser constatado a presença de espermatozoide e de PSA, então confirma que houve uma relação sexual. As demais provas constantes no inquérito, prova testemunhal, laudo psicológico. Enfim existem fortes indícios que o crime aconteceu”, ressaltou a delegada.
O radialista George Magalhães vinha sendo investigado desde o mês passado, quando uma mulher de 42 anos, que trabalha no condomínio em que o acusado mora na Orla da Atalaia, em Aracaju, registrou queixa denunciando ter sido vítima de estupro e agressão. O caso passou a ser investigado pelo DAGV, através das delegadas Renata Aboim e Mariana Diniz.
Na manhã de hoje (13), os policiais cumpriram a preventiva decretada pela justiça e prenderam o radialista no momento em que ele saía do condomínio e seguía para emissora de Rádio onde apresenta um programa jornalístico. Ele foi levado ao IML para existe de corpo de delito e depois encaminhado para sede do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), onde permanece à disposição da justiça. Até o momento a assessoria jurídica de George Magalhães não se pronunciou sobre o caso.