Da redação, AJN1
Comoção e revolta marcaram o sepultamento do sargento da Polícia Militar Adalberto dos Santos Filho, 51, ocorrido no final da manhã desta terça-feira (17) no cemitério São Benedito no bairro Santo Antônio, em Aracaju. O militar foi executado com quatro tiros durante um assalto ocorrido em frente a casa da mãe na rua Coronel Padilha, no bairro 18 do Forte. No momento do crime a vítima estava com a neta no colo e o criminoso ainda atirou contra sua filha.
"Meu filho morreu de graça. Morreu inocente. Eu até perdoou quem fez isso. Ele não teve defesa. Quando sai de casa, o cara estava saindo de moto e ainda olhou para mim", lamentou a mãe do sargento, Maria Leda dos Santos. Para o comandante da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, a morte do sargento deixa uma sensação de perda muito grande e mostra o quanto a vida do policial é arriscada e difícil, independente de estar na ativa, na reserva, tabalhando ou de folga.
De acordo com o que foi apurado pela polícia, o sargento Adalberto estava em frente a residência, com a neta no braço, quando o desconhecido assaltou uma mercearia na rua. Na fuga, ao observar a vítima com um aparelho celular pendurado no pescoço, o criminoso parou a moto e foi em direção ao sargento, que tentou esboçar reação. Familiares do militar saíram para verificar o que estava acontecendo e o assaltante ainda atirou em direção a um deles, que por sorte não foi atingido.
"Houve luta corporal e o sargento foi atingido por quatro vezes. Em seguida, ele se aposou da arma do policial e fugiu na moto", disse o chefe do Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC), tenente-coronel Vivaldy Cabral, acrescentando que, possivelmente, a princípio o alvo do assaltante era o aparelho celular da vítima.
Vivaldy Cabral informou que o trabalho da PM, em parceria com a Polícia Civil, está avançado e que o crime será elucidado em pouco tempo. "O trabalho da PM hoje só será encerrado quando este caso for esclarecido e este marginal preso e entregue a sociedade. Não iremos admitir que nenhum membro da sociedade, muito menos um policial militar, seja vítima de uma violência como essa", ressaltou o oficial. Ele disse ainda que a polícia já sabe que se trata de uma pessoa que deveria estar presa há muito tempo e que se beneficia de determinadas situações para permanecer em liberdade.