ARACAJU/SE, 1 de novembro de 2024 , 9:36:17

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SSP deflagra operação e prender envolvidos em derrame de identidades falsas

 

Da redação, AJN1

Depois de meses de investigações equipes do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e do Comando de Operações Especiais (COE), desarticularam na manhã de hoje (17), um esquema envolvendo servidores públicos e profissionais autônomos para emissão de documentos de identidade no Instituto de Identificação de Sergipe a partir de documentos falsos. Cada identidade nova chegava a custar R$ 5 mil. Os documentos serviam para encobrir a vida de criminosos e também eram utilizados em golpes contra o sistema financeiro e previdenciário.

Durante a Operação Fênix foram presos um capitão da reserva da Polícia Militar, que atualmente estava no Batalhão Especial de Segurança Patrimonial (Besp); um agente prisional – apontado como um dos principais elos entre integrantes de facções criminosas e o esquema que atuava dentro do Instituto -de falsificações -, servidores lotados no Instituto e dois profissionais autônomos.

De acordo com a delegada Mayra Evangelista, que coordenada as investigações, há mais de seis meses que o Cope vinha realizando levantamentos sobre o derrame de carteiras de identidade “ideologicamente” falsas. No entanto, desde 2016 quando integrantes de um grupo criminoso foram presos com identidades falsas emitidas pelo Instituto de Identificação que a polícia realizava levantamentos na tentativa. Os presos à época eram acusados de assaltos a banco e integravam a facção Bonde do Maluco.

O trabalho investigativo apontou que o esquema montado no Instituto de Identificação permitiu que foragidos da justiça de vários estados conseguissem uma nova identidade. Os suspeitos que agiam no órgão atuavam de forma isolada e atendiam pessoas indicadas pelo oficial da reserva da PM e do agente prisional. “Alguns casos ocorreram de forma dolosa. Em outros foi negligência”, explicou a delegada. Dentre os criminosos que teriam conseguido uma “nova vida” a partir do documento de identidade está o traficante “Zé do Pantanal”.

A documentação obtida de forma fraudulenta também servia para falsários receberem benefícios do INSS e Bolsa Família. Até o momento a polícia não sabe quantificar o número de carteiras de identidade emitidas pelos suspeitos. A investigação teve origem em 2016 com a desarticulação de uma quadrilha integrante da facção Bonde do Maluco, cujos integrantes acusados por assaltos a banco foram presos portando cédula de identidade com dados falsos emitidas pelo Instituto de Identificação de Sergipe. Com estas prisões, a SSP iniciou a investigação que chegou aos mandados judiciais que culminaram com a prisão dos supostos envolvidos.

Dentre os crimes revelados com a investigação, além da corrupção ativa e passiva que envolvem as falsificações, foram apurados delitos de uso de documento falso, peculato e estelionatos praticados por pessoas que recorriam à compra de carteiras de identidade ideologicamente falsas para a prática de fraudes, em especial, de benefícios previdenciários.

*Com informações da SSP. Matéria atualizada às 11h para acréscimo de informações

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