Da redação, AJN1
Os assaltos a ônibus que fazem o transporte intermunicipal, mais precisamente os veículos da Cooperativa de Transporte de Sergipe (Coopertalse), crescem de forma desgovernada. Os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) comprovam a ascensão: de 2015 até a data de hoje (17), foram computadas 68 abordagens. Visando diminuir a ação dos marginais, foi realizada nesta terça-feira uma reunião entre os cooperados, a SSP e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A Coopertalse conta com 288 cooperados, mas apenas 15% dos veículos foram equipados com câmeras de monitoramento. A meta, conforme acertos ao transcorrer da reunião, é instalar em 100% dos carros até o final do ano. O índice de assalto é maior na Grande Aracaju e na Região do Alto Cotinguiba, a exemplo de Siriri, Laranjeiras, Riachuelo, Maruim e Rosário.
Para Adriano Cabral, diretor de transporte da Coopertalse, a insegurança aumenta e os números são alarmantes. “Essa situação amedronta os motoristas, cobradores e a população. Diante disso, provocamos a SSP para fazermos uma parceria onde poderemos passar as imagens do sistema de monitoramento dos carros e termos resposta mais rápidas aos assaltos”.
Canal
O inspetor André, disse que a Coopertalse já tem um canal de informação direto com a PRF. “Esse canal está em funcionamento há alguns meses, possibilitamos a comunicação direto com a cooperativa, através de uma rede social, de forma que os cooperados nos avisam em tempo real sobre o assalto e nos fornecem as imagens dos suspeitos. Agora, essas imagens serão em alta resolução, o que facilita ainda mais a identificação”, explica.
Já o coordenador das delegacias do interior, Flávio Pereira, pediu para que os cooperados continuem fornecendo as estatísticas e imagens sobre os crimes, para que a polícia continue com as investigações. Ele também revelou que a SSP está intensificando as abordagens aos micro-ônibus. “Com o sistema de monitoramento, fica mais fácil identificar os suspeitos. E pedimos que os cooperados registrem a ocorrência, porque precisamos saber onde estão acontecendo os problemas para podermos enfrentá-los. Os índices estão decrescentes, está diminuindo, mas não vamos relaxar. A PM tem aumentado as blitz e revistas, de forma a inibir os assaltos”, destaca o Flávio.
