ARACAJU/SE, 27 de novembro de 2024 , 2:45:14

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Superlotação e baixo efetivo de agentes explicam fugas, diz Sindpen

Da redação, AJN1

 

Superlotação e falta de efetivo carcerário são apontados como principais fatores que justificam a rebelião seguida de fuga de 11 detentos do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), localizado no município de São Cristóvão, ocorrida na manhã desta segunda-feira (22). E quem reforça a tese é o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça de Sergipe (Sindpen).

 

No momento da fuga, segundo o Sindpen, todas as 13 guaritas do presídio estavam desativadas por falta de efetivo, situação classificada pela categoria como "corriqueira" em todas as penitenciárias de Sergipe, e que é de "conhecimento do governo do Estado".

 

“O Sindpen chama a atenção para a lamentável situação do Copemcan, que tem capacidade para 800 detentos e atualmente abriga 2900. Neste mesmo local, alas com capacidade para 160 detentos abrigam 500. As dificuldades e a superlotação se estendem às outras unidades prisionais de Sergipe, onde há um baixo efetivo de agentes e faltam equipamentos de proteção individual”, diz um trecho da nota sindical.

 

Concurso

 

Ainda conforme a nota, os agentes penitenciários continuam cobrando que o governo do Estado valorize a categoria e envie à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) o Projeto de Lei que viabilize a realização do concurso público para agente de segurança do sistema prisional.

 

A fuga

 

Já nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, poucos antes do horário de visitas, os detentos do Pavilhão 1 iniciaram uma rebelião. Eles arrancaram as grades das Alas A e B do pavilhão, deixando o local totalmente destruído. Cerca de 11 detentos serraram as grades e usaram uma corda feita de lençóis (popularmente conhecida por Tereza) para pular o muro do presídio e zarparem.

 

Os agentes de plantão, além dos agentes do Grupo de Operações Penitenciárias (GOPE) e do Grupo Tático (GTOP) se mobilizaram rapidamente, impedindo a ocorrência de uma fuga com maiores proporções.

 

A Polícia Militar também foi acionada e o Grupamento Tático Aéreo (GTA), o Batalhão da Polícia de Choque, além do Comando de Operações Especiais deram apoio fazendo a segurança da área externa do presídio. 

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