Da redação, AJN1
Acusado de matar o filho de quatro meses, Douglas Raeli Santos Góes, que foi capturado na tarde de ontem (11) em Aquidabã, foi encontrado morto por policiais, na manhã de hoje (12), na carceragem da Delegacia Regional de Itabaiana. A informação é que Douglas, que estava isolado dos demais presos, se enforcou usando ataduras de um curativo que tinha em uma das mãos. Equipes da Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas para realizar a perícia no local e depois remover o corpo para ser necropsiado. O caso será investigado pela polícia.
De acordo com o delegado Hilton Duarte, no momento da prisão, Douglas tentou fugir escalando alguns muros e acabou se ferindo em cacos de vidro. Após ser ouvido na Delegacia de Itabaiana, atendendo uma solicitação do advogado, o acusado foi encaminhado ao Hospital Regional Pedro Garcia Moreno, em Itabaiana, onde foi medicado e realizada a sutura nos ferimentos.
“Ele foi colocado em separado. Era um preso delicado e chegou a dizer no momento da prisão que sua vida havia acabado e pensava em se matar. Foram adotados todos os cuidados. Infelizmente para nossa surpresa, o Douglas amarrou as ataduras do curativo na área de ventilação e se matou”, revelou o delegado, acrescentando que o acusado havia recusado o café da manhã.
Captura
Ao ser preso em Aquidabã, Douglas Raeli negou ter espancado e matado o filho de quatro meses na cidade de Areia Branca. No entanto, ao ser encaminhado à Delegacia Regional optou pelo direito de permanecer em silêncio e não prestar depoimento. A informação foi passada na manhã de hoje (12), pelo delegado Hilton Duarte, que coordenou a operação que resultou na captura do acusado nesta quinta-feira (11).
Segundo o delegado Hilton Duarte, Douglas contou informalmente que teria dado apenas um “cascudo” na cabeça do filho, Samuel Santos Góes. Em outro momento, revelou que a mãe da criança foi dormir por beber em excesso, mas antes eles tiveram uma discussão e na confusão ele atingiu involuntariamente o filho com o punho. “Ao ser ouvido na delegacia, acompanhado do advogado, ele disse que queria ficar em silêncio”, explicou.
A informação da polícia é que Douglas e amante Anailza Santos apresentaram versões diferentes para o ocorrido. Além disso, ainda tem o relato do menino de oito anos, que presenciou o irmão ser agredido. “O casal diz que bebeu desde às 10h do feriado. A versão muda a partir das 22h. A mãe da criança alega que sentiu um gosto diferente na bebida. Já o acusado diz que ela foi dormir por beber em excesso, mas antes tiveram uma discussão e quando ela jogou o menino, ele o atingiu involuntariamente com o punho”, contou o delegado.
Outra versão que está sendo investigada é o relato do filho de Anailza. O menino contou que irritado com a discussão e o fato do bico da mamadeira não fechar, o acusado lançou o bebê contra a parede. “A criança era vista por ele como uma ameaça ao relacionamento que o acusado tem com outra mulher em Itabaiana”, lembrou o delegado, acrescentando que levantamentos apontam que o acusado só ficou sabendo da morte do filho no dia seguinte, após receber ligações de Anailza.
“Após o ato, ele deixou a criança chorando com o irmão e foi para Itabaiana. No dia seguinte saiu para trabalhar e depois começou a receber ligações da mulher”, ressaltou Hilton Duarte.